
A 50 km de Joanesburgo, na África do Sul, está o berço da humanidade: um sistema de cavernas arqueológicas que, durante o século 20, revelou vários fósseis de Australopithecus, os primeiros homens bípedes que se tem registro.
Estes locais têm proporcionado quantidades incalculáveis de informações valiosas sobre o passado da nossa espécie e continuam surpreendendo.
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Apesar de já não se encontrarem tantos fósseis como antes na área chamada “Berço da Humanidade” (patrimônio mundial da Unesco), os exploradores Steve Tucker e Rick Hunter resolveram tentar a sorte.
Eles tiveram que entrar nas grutas e fissuras da caverna até chegarem a uma câmara estreita, de apenas 12 metros de largura.

Neste local foram encontrados ossos muito parecidos com os de humanos. Mal sabiam eles que estavam diante de mais uma descoberta: um novo ancestral do homem.
Os científicos o batizaram de Homo Nadelis, que significa estrela na língua sotho, por ter sido encontrado em uma caverna chamada “Rising Star” (Estrela Ascendente, em português).
Os ossos encontrados pertenciam a 15 indivíduos em diversos tamanhos, o que permitiu confirmar a existência de uma nova espécie, e não apenas uma mistura de ossos de espécies diferentes.

Surpresos com a descoberta, Tucker e Hunter tiraram fotos dos fósseis e as levaram para Lee Berger, um cientista da Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo mesmo.
Imediatamente, Berger se interessou pelo conteúdo e colocou um anúncio para encontrar profissionais com conhecimento científico para conseguir extrais os ossos da caverna. Seis mulheres foram contratadas para o trabalho.

Após a retirada dos fósseis, o cientista convocou outro grupo de jovens para analisar o material e chegou à conclusão de que era realmente uma nova espécie que tinha sido encontrada.
Algumas características dessa nova espécie se destacaram. Seu cérebro era muito menor, do tamanho de uma laranja.
Acredita-se que o crescimento deste órgão tenha coincidido com o uso de ferramentas e que a diminuição dos dentes tenha sido por causa da mudança na alimentação.

Mas, apesar disso, os dentes desta nova espécie já eram menores e eles já possuiam mãos que podiam manusear ferramentas.
Os dedos são mais curvados do que os de outras espécies, assim como os dos pés, que sugerem que eles provavelmente caminharam e escalaram durante um longo tempo da sua existência.