Criado no Brasil, já existe um tipo de cebola que tem pouco ácido e não faz faz chorar

Estamos tão avançados tecnologicamente que até as cebolas estão sendo aprimoradas. A novidade vai resolver um velho problema de quem lida sempre com o vegetal: a irritação nos olhos e o consequente choro.

A cebola Dulciana, como foi batizada, é uma variedade com menos dose de um tipo específico de ácido e, por isso, não faz ninguém lacrimejar na hora de cortá-la.

Como a colheita vem ocorrendo em plantações de São Paulo, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia e Pernambuco, a previsão é que essa variedade de cebola chegue em breve aos aos mercados para consumidores finais. Ainda não há informações sobre o preço do produto.

Como foi criada cebola que não faz chorar

Pesquisadores brasileiros ligados à área de melhoramento da Bayer passaram 20 anos aprimorando cebolas. A técnica foi feita convencionalmente, cruzando variedades e espécies do vegetal no campo.

O resultado é um alimento que produz menos ácido pirúvico, uma propriedade produzida a partir do enxofre e que causa ardência nos olhos.

“O que acontece na Dulciana é que com a mesma dose de enxofre ela produz menos ácido que uma cebola convencional”, explicou ao VIX o especialista da empresa, Guilherme Hungueria.

Sabor e nutrição da cebola foram alterados? 

À primeira vista, a cebola é igual às outras que já conhecemos. As diferenças acontecem ao cortar o alimento. Além de não fazer chorar, ela apresenta sua forma de bulbo mais uniforme e arredondada. 

Por ter menos ácido que causa ardor e lacrimeja os olhos, a cebola apresenta um sabor mais suave. Os produtores estão apostando em sua utilização em saladas ou destinadas à crianças, além do uso convencional como tempero. Do ponto de vista nutricional, os responsáveis pela invenção garantem que não houve mudanças.

Outra mudança significativa é para quem planta o vegetal. Segundo a empresa, essa variedade de cebola é mais resistente a uma doença chamada “raiz rosada”, um dos males que mais afeta o solo na produção de cebolas no Brasil.

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