
Quando se fala em perder peso ou ter uma vida mais saudável, a primeira coisa que se pensa em mudar é a dieta. Nessa hora, visitar um nutricionista ou ler revistas e sites que fornecem inúmeras opções de reeducação alimentar é recorrente, mas, de acordo com um estudo da Universidade de Buffalo e Universidade de Nebraska-Lincoln, nos Estados Unidos, planejar o que comer não é suficiente: os sentimentos e desejos são os principais fatores para conduzir uma dieta.
Encontrar o equilíbrio entre a dieta e os sentimentos é a chave disso tudo. E eles nem sempre andam lado a lado. “As intenções comportamentais e o comportamento real podem não ser funcionalmente equivalentes”, diz o resumo do estudo. “Sentimentos não exigem autocontrole e pensamento profundo”.
O gosto pessoal deve, sim, ser levado em consideração antes de seguir uma dieta. O coautor da pesquisa, Marc Kiviniemi, defende que, se uma pessoa procura comer mais frutas e vegetais, deve escolher os que mais lhe agradam, não somente os mais saudáveis. Desta forma, associa-se a dieta a um sentimento positivo, e a mudança de hábito alimentar torna-se algo prazeroso, não uma obrigação.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores realizaram dois experimentos separados com 300 pessoas. Na primeira etapa, perguntaram se os fatores da mudança alimentar eram os mesmos que determinavam o que eles regularmente comiam.
Depois, cada um teria que dizer o que realmente sentia após comer alimentos específicos, como pedaços de pizza, cenouras e outros legumes. Elas poderiam escolher se estavam felizes, tristes ou satisfeitos.
A conclusão é que os sentimentos momentâneos influenciam mais que as reais necessidades energéticas de quem pretende fazer dieta. Se uma pessoa tem desejo por carne suculenta e altamente calórica, vai associar isso como algo positivo. Portanto, antes de comer, é preciso se perguntar: como esse alimento pode ajudar a atingir meus objetivos de dieta?
Ao fazer isso, evita-se o confronto entre o desejo de comer e o objetivo de perder peso.