250 milhões de bactérias e fungos foram encontrados em um objeto que, aparentemente, é bem limpinho: escova de dente nova. A chupeta nova, tirada da embalagem, apresentou um nível ainda maior de micro-organismos: 720 milhões.
A análise foi feita pela Faculdade de Biomedicina da Devry Metrocamp e divulgada em matéria do site G1.
De acordo com a pesquisa, que analisou escovas de dente de criança, chupetas, bicos de mamadeira, garrafinhas de plástico e paninhos, os produtos novos apresentam maior risco que os usados ou higienizados em casa.
Fungos e bactérias em escova de dente
De acordo com a pesquisadora responsável pelo estudo, Rosana Siqueira, 77% das 20 escovas de dente novas analisadas apresentaram contaminação. Um dos modelos chegou a apresentar o acúmulo de 250 milhões de bactérias.
Outras 24 escovas usadas por crianças de 4 a 10 anos foram investigadas de formas diferentes: parte delas foi higienizada com enxaguante bucal à base de clorexidina, facilmente encontrado em supermercados, parte com enxaguante comum e uma terceira parte não foi higienizada.
O resultado mostrou em todas as amostras, exceto na exposta à clorexidina, foram achadas a Klebsiella pneumoniae, que é considerada uma superbactérias, Pseudomonas aeruginosa, que causa infecções oportunistas e a E. Coli, encontrada normalmente no intestino humano mas que, em grandes quantidades, pode causar infecção intestinal e urinária.
Como limpar a escova de dente nova?
De acordo com entrevista da professora ao G1, o ideal é fazer uma imersão das cerdas da escova nova em uma parte de enxaguante bucal.
No caso de ela ser destinada a crianças, ferver a escova junto com outros objetos, como bico da mamadeira, chupeta, também é uma alternativa. É preciso ferver a água por até 15 minutos em um recipiente que não libere substâncias tóxicas e observar se os produtos são livres de bisfenol.
Depois de ser colocada em uso, a escova pode ser diariamente higienizada com o enxaguante bucal à base de clorexidina.
Chupeta nova x chupeta usada
O hábito de “passar uma água” na chupeta do bebê antes de colocar na boca da criança pode representar um risco de saúde: a análise encontrou 720 milhões de fungos e bactérias em 24 chupetas novas.
“As bactérias são resistentes, porque algumas das chupetas foram fabricadas em 2014”, comentou a pesquisadora.
O acúmulo de micro-organismos se deu no processo de fabricação e armazenamento do produto.
Por outro lado, o teste avaliou que nas sete chupetas usadas colocadas em análise foram identificados 100 mil micro-organismos, pelo fato de elas serem higienizadas com mais frequência.
Mamadeira, paninho e garrafinhas
A mesma quantidade (100 mil micro-organismos) foi percebida em bicos de mamadeira usados. Já os paninhos e bichinhos usados como “cheirinho” pelos bebês e as garrafas de plástico apresentaram uma quantidade menor: 32 mil e 10 mil fungos e bactérias, respectivamente.
Higienização é fundamental
Em todos os casos, a higienização do que se coloca na boca da criança é fundamental, fervendo os objetos para que as bactérias morram.
Já a garrafinha pode ser higienizada com uma solução de duas colheres de sopa de hipoclorito e água por 15 minutos.
Deixar os produtos bem secos no intervalo do uso também é importante para evitar bolores e fungos que podem causar problemas de saúde como infecções, diarreia, febre, problemas bucais, otite e até pneumonia.
Bactérias…em casa!
- Esponja de cozinha: ela é objeto mais sujo da sua casa. Como deixar limpinha
- 10 dicas do Dr. Bactéria para deixar a casa higienizada: coloque em prática
- Bactérias no ar-condicionado da sua casa e do carro: como se proteger