Esta pesquisa fará você ser a pessoa mais feliz do mundo por ser pobre

Você reclama que está pobre, que o dinheiro acabou antes do mês terminar e se pergunta como ser feliz sem ser um milionário? Pois saiba que a solução pode ser justamente não ser rico.

Entenda a pesquisa

Eis um dos tópicos mais marcantes das aulas de Geografia: países desenvolvidos oferecem melhores condições de vida e, consequentemente, mais oportunidade de acúmulo de riquezas. Um aluno de Ensino Médio, por exemplo, pode imaginar pessoas felizes, com sacolas de roupas de marca e sorriso de um canto a outro. Não seria a representação perfeita da felicidade?

Por um momento, sim. Embora um estudo brasileiro do Ateliê de Pesquisa Organizacional indique que para 78% das pessoas o dinheiro seja o principal motivo para se trabalhar, ele está pouco relacionado àquilo que realmente sentimos.

Se por um lado os mais ricos aparentemente têm melhores condições, não é possível dizer que sejam mais felizes.

De acordo com uma pesquisa de 2011 feita na Holanda e na África do Sul, “indivíduos que vivem em países mais prósperos, democráticos, extrovertidos e individualistas tendem a chorar mais”.

Eles explicam que o choro tem um aspecto cultural, influenciado pela situação socioeconômica.

Dorte Jessen, uma das cientistas que realizou o estudo, testemunhou a vida e as reações de pessoas que vivem em países pobres e pessoas que vivem em países desenvolvidos. Numa viagem a uma região do Quênia, em 2011, ela disse ter visto uma cena emocionante em que uma mãe raciona a comida para dividir com os filhos. “Eles não falam e nem expressam emoção alguma”, contou Jessen à revista 1843, da The Economist. “Uma vez que você tenha ultrapassado o ponto de exaustão, simplesmente não há mais energia de sobra para se emocionar”.

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Verdadeiro significado da vida

Por isso mesmo as pessoas mais pobres tendem a buscar um significado mais verdadeiro às suas vidas – o que nos leva a outra pesquisa, realizada pela Universidade de Virgínia. Segundo esse estudo, os países mais ricos abrigam pessoas mais felizes, mas não há uma relação de dados que quantifique o nível de intensidade desse sentimento.

Além do mais, o parâmetro utilizado tem como base um salário anual acima do equivalente a R$ 20 mil – algo que no Brasil, por exemplo, dá menos que dois salários mínimos por mês.

A pesquisa da Universidade de Virgínia, entretanto, apresenta outro aspecto que relaciona pobreza e felicidade: mais de 95% das pessoas que vivem más condições financeiras em países como Chade, Etiópia, Togo e Serra Leoa afirmaram levar uma vida plenamente significativa.

Já entre os entrevistados de países desenvolvidos como França, Japão e Espanha, pouco mais de 60% disse ter uma vida que ‘valha a pena’.

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Motivos para viver feliz

Nos Estados Unidos, o psicólogo Roy Baumeister decidiu investigar os verdadeiros motivos para se ter uma vida feliz e, separadamente, motivos para uma vida significativa. Baumeister e seu grupo de pesquisa constatou que as pessoas são mais felizes quando suas necessidades e desejos se encontram no presente – um “fator altamente irrelevante quando se trata de vida mais significativa”, segundo ele.

“Pessoas mais felizes são propensas a relatar vidas levadas com facilidade para permanecer em boa saúde, se sentir bem na maior parte do tempo e ser capaz de comprar o que realmente precisa sem tensão financeira”, analisou o professor da Universidade de Nova York Adam Alter, em artigo para a New Yorker. Alter também acredita que as relações sociais, caridade, proximidade com a família e o ato de compartilhar a mesma situação com semelhantes podem ser fatores externos que contribuem para a felicidade – traduzindo: coisas que o dinheiro não compra.

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