Grande Mancha Vermelha de Júpiter: o que há na megatempestade de 350 anos?

julho 14, 2017

A câmera da sonda espacial Juno, da Nasa, captou as imagens mais próximas que a Agência já fez da Grande Mancha Vermelha em Júpiter. Elas ajudarão a entender melhor essa imensa tempestade que acontece há 350 anos no maior planeta de nosso Sistema Solar.

Grande Mancha Vermelha: o que já se sabe

Há um emaranhado de nuvens em meio a uma massa vermelha

Como se colocassem uma lupa sobre essa megatempestade, reconhecida há pelo menos 350 anos, mas ainda cheia de mistérios, os cientistas conseguiram identificar “um emaranhado de nuvens escuras entre uma grande massa vermelha em formato ovalado”.

Ela está encolhendo

Agora, a Nasa tem mais do que imagens bonitas para divulgar ao mundo: é preciso investigar por que a Grande Mancha Vermelha está se encolhendo ao longo do tempo, o que faz com que ela seja vermelha e por que esse anticiclone jupiteriano tem durado tanto tempo.

“Por centenas de anos, os cientistas observaram, imaginando e teorizando sobre a Grande Mancha Vermelha. Agora, temos as melhores fotos dessa tempestade icônica. Isso nos tomará algum tempo para análise de todos os dados, não só da JunoCam, mas dos oito instrumentos científicos de Juno, para lançar novas luzes sobre o passado, presente e futuro da megatempestade”, ressaltou o investigador principal da Juno, Scott Bolton.

É realmente gigante

A Grande Mancha Vermelha é, realmente, gigante: mede 16.350 quilômetros de largura (dados da Nasa de abril de 2017) e é 1,3 vezes maior que a Terra. A Nasa ainda não tem informações sobre a composição química dessa mancha, nem das outras partes avermelhadas do planeta.

Há nuvens de amônia

Até agora, o que se sabe é que a atmosfera superior de Júpiter tem nuvens de amônia, hidrossulfeto de amônio e água, e que o segundo componente poderia reagir com raios cósmicos ou radiação UV do sol, resultando, então, na cor avermelhada.

Mas, nem mesmo essa teoria tem consenso na Nasa: os cientistas avaliam que é necessário investigar as condições em que isso se dá em Júpiter para, só então, desvendar o mistério da Grande Mancha Vermelha.

Queremos saber mais sobre os campos magnéticos

Outros dois importantes pontos das investigações da Juno dizem respeito às características da atmosfera, que ainda não foi totalmente desvendada, e aos campos magnéticos do planeta. Os cientistas esperam saber mais sobre eles com os resultados desta missão.