Cada vez mais comuns, as lâmpadas de sal do Himalaia prometem purificar ambientes através do combate a agentes poluentes e consequentemente promover bem-estar físico e até mesmo emocional. No entanto, nenhum estudo amplo avaliou e conseguiu se esses benefícios realmente existem. A seguir, explicamos o que se diz e o que realmente se sabe sobre elas. 

Lâmpadas de sal do Himalaia: para que servem?

As lâmpadas de sal do Himalaia são compostas por cristais de sal que vêm das montanhas do Himalaia, possuem tonalidades laranja ou rosa – dependendo da concentração do mineral – e que, colocados ao redor de uma lâmpada e em contato com o calor da luz, fazem sua ação.

Limpa o ambiente e evita doenças?

A promessa da lâmpada é atrair, junto com as moléculas de água, poeira, fungos, entre outros alérgenos, bactérias e vírus que estariam aderidos a elas. Por neutralizar o pólen e a poeira, a iluminação com o sal também reduziria a incidência e aliviaria sintomas de doenças da pele.

É sabido que o sal possui uma característica chamada higroscopia, que atrai moléculas de água do ambiente, e que alguns micro-organismos danosos podem de fato usá-las como veículo, mas não existe nenhum estudo que tenha testado a capacidade da luminária de atrair tais moléculas, portanto, ainda não dá para garantir esse efeito.

Relaxa e ajuda a dormir?

Além de purificar o ar, combatendo alergias e crises de asma, as lâmpadas de sal do Himalaia ainda fariam com que as partículas de ar carregadas positivamente contribuíssem para uma noite de sono mais tranquila.

Outro benefício atribuído às lâmpadas é a capacidade de redução do estresse, já que liberariam íons que produzem reações bioquímicas que aumentam os níveis de serotonina, popularmente conhecido como neurotransmissor que causa bem-estar.

Um amplo estudo publicado no periódico científico BMC Psychiatry revisou tudo o que já foi escrito sobre os efeitos da ionização do ar sobre o humor e não encontrou nenhuma relação forte. Especificamente sobre a lâmpada de sal, as ações também não são comprovadas, já que ela nunca foi devidamente estudada pela ciência. 

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