Há mais de 4,17 bilhões de anos, quando os oceanos estavam se formando e o planeta era constantemente atingido por materiais do espaço, meteoritos foram os responsáveis por trazer as condições favoráveis para a criação dos primeiros códigos genéticos a lagoas quentes da Terra.
Publicado pela revista de artigos científicos Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas), o estudo afirma que “meteoritos e partículas de poeira interplanetárias entregaram substâncias orgânicas, como núcleo-bases, para pequenas lagoas aquecidas”. Essas moléculas foram responsáveis pelas primeiras polimerizações de RNA na água.
Meteoritos formaram moléculas de RNA
É consenso na ciência que o DNA é uma estrutura muito complexa para ter sido o primeiro elemento de vida a aparecer. Antes dele, moléculas de RNA construíram o primeiro código genético de vida no planeta, mas até mesmo para isso era preciso ter condições ideais.
De acordo com os responsáveis pelo estudo, havia duas hipóteses para o surgimento do RNA: respiradouros hidrotermais no oceano profundo ou pequenas lagoas aquecidas.
Processo foi acelerada pelo ciclo da água das lagoas
“Como o primeiro não tem ciclos úmidos e secos, que são bem conhecidos por promover a polimerização [ou formação das moléculas de RNA], construímos um modelo abrangente para a origem do RNA nas lagoas”, afirmam os pesquisadores.
Tal modelo é justamente esse que afirma que a ajuda externa que a Terra recebeu para que o RNA fosse reproduzido com mais rapidez. “Achamos que os polímeros de RNA devem ter surgido muito rapidamente após a deposição de meteoritos”.
Como temperatura morna auxiliou RNA a se formar
A temperatura da água das lagoas, aquecida e “temperada” pelas substâncias orgânicas vindas do espaço, deixou a situação propícia para a polimerização de RNA.
Nesse ambiente de variação, as águas subiam e desciam de nível, havia chuva, evaporação, tempo mais seco. No fundo dos oceanos, essa mesma polimerização não teria encontrado situação tão boa, já que é sempre úmido por lá.
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