Morrer de amor? A ciência por trás do coração partido

por | jul 26, 2016 | Ciência

Se você nunca teve uma decepção amorosa, provavelmente ainda vai passar por isso na vida. Levar um fora é muito comum em relacionamentos, que podem terminar tão rápido quanto começaram. E os principais sintomas de um coração partido são as lágrimas, a negação e o vazio que a pessoa amada deixou para trás.

Dizem que de amor ninguém nunca morreu, mas isso não é verdade. Quando o parceiro acaba falecendo, ainda mais em longos relacionamentos, não é difícil que a outra pessoa entre em depressão e perca a vontade de viver. A dor e as consequências físicas de um coração partido são semelhantes, e podem explicar o sofrimento agudo que a pessoa enfrenta por alguns dias.

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O problema chegou a ser detectado até pela medicina. Estudos realizados na Escócia e em Israel comprovam a existência da Cardiopatia de Takotsubo, uma doença cardíaca que atinge em 95% as mulheres e ficou conhecida como a Síndrome do Coração Partido.

A condição é causada por estresse, diferente de um ataque cardíaco, e se manifesta com a falta de movimento do ventrículo esquerdo, causando dores no peito e falta de ar. A adrenalina pode ser responsável pelo problema, liberada pelo organismo em grandes traumas. Assim, tomar um fora pode ter consequências físicas no coração, que podem levar até a morte.

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Quando um relacionamento acaba, antes mesmos das lágrimas brotarem, quem se manifesta é justamente o coração. É por isso que o senso comum assume que ele é o órgão responsável pelo amor.

Na verdade, quem controla os nossos sentimentos é o cérebro, o coração apenas acelera quando vemos a pessoa amada – ou quando somos dispensados por ela – em função das substâncias estimulantes liberadas no processo.

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Outro hormônio liberado em situações de estresse é o cortisol, que provoca respostas inflamatórias no organismo. Ele prejudica o funcionamento do sistema imunológico, a digestão e o sono. A região do cérebro afetada pelo estresse do fim de um relacionamento é a mesma que a da dor física, portanto, sentir dores no corpo também é normal.

Depois de dias de fossa, sem conseguir pensar direito e tendo crises de saudade do ex, o organismo libera um hormônio positivo, a progesterona. É o que causa a vontade de se arrumar, sair de casa e finalmente superar o pé na bunda, nos casos mais fáceis de recuperação.