Novembro terá três chuvas diferentes de meteoros: como serão e quando olhar o céu?

Para os amantes dos céus, novembro será um mês cheio! Nada menos do que três chuvas de meteoros acontecerão no período. Enquanto os Orionídeos continuam sua passagem pela Terra, Leônidas e Taurídeos chegam por aqui para dar um “olá”.

Infelizmente, esses eventos serão mais modestos nas quantidade de meteoros. Cálculos divulgados pela Nasa afirmam que a maior chuva terá pico de 10 meteoros por hora. 

Quando e como ver as chuvas de meteoros de novembro

Cada chuva de meteoro tem um pico específico durante novembro. O nome delas tem relação com a constelação pela qual os detritos cósmicos “entram na Terra”. Então, para vê-las, é preciso encontrar no céu o conjunto estelar corresponde aos meteoros.

Para isso, você também pode usar alguns aplicativos para celular (como o Sky Map e o Night Sky) que fornecem um mapa preciso do céu e das constelações usando o GPS do seu dispositivo e mostrando as estrelas ao seu redor.

Orionídeos

  • Constelação: Órion
  • Pico de visibilidade: 28 de novembro
  • Duração: de 15 de outubro até 28 de novembro
  • Embora o pico desses meteoros tenha ocorrido no mês anterior, quando foram esperado até 20 meteoros por hora nos céus, o ciclo continua até o fim de novembro. Isso ocorre porque a Terra está passando por detritos deixados pelo Cometa Halley que entram no planeta pela constelação de Órion. No máximo, conseguiremos ver 3 meteoros por hora nesse mês.

Leônidas

  • Constelação: Leão
  • Pico de visibilidade: por volta de 17 de novembro
  • Duração: de 5 de novembro a 3 de dezembro
  • Em 2002 foram registrados até mil estrelas cadentes por hora dessa chuva de meteoros. Infelizmente, algo bem menor que isso é esperado para 2017: 10 meteoros por hora. As luzes que poderão ser vistas rasgando os céus na constelação de leão são oriundas do cometa Temple/Tuttle, que passa pelo sol a cada 33 anos.

Taurídeos

  • Constelação: Touro
  • Pico de visibilidade: 4 (Taurídeos do Sul) e 10 de novembro (Taurídeos do Norte)
  • Duração: 25 de outubro a 25 de novembro (Taurídeos do Sul) e 12 de outubro a 2 de dezembro (Taurídeos do Norte)
  • Essa chuva é dividida entre norte e sul da constelação, pois os detritos do Cometa Encke estão tão espalhados e difusos no sistema solar que acabam entrando na Terra por esses dois caminhos. Isso também explica outra peculiaridade do evento: sua longa duração, mas com poucos meteoros por hora – cerca de apenas 5. 

Mas afinal, o que é uma chuva de meteoro?

Meteoro não é o objeto que se choca, e sim o fenômeno de luz. Em sua origem grega, a palavra “meteoro” significa literalmente “o que está no ar”.

“Por isso a meteorologia é o estudo do que está no ar”, exemplificou ao VIX o professor Enos Picazzio, o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, quando falou sobre a chuva de meteoros Perseidas.

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Isso explica que “meteoro” não é um objeto no espaço que se choca com a Terra, mas sim um fenômeno luminoso que ocorre na atmosfera em função desse impacto.

O especialista esclareceu que o choque dos detritos com nossa atmosfera gera um atrito muito alto que esquenta os grãozinhos a uma temperatura tão alta que eles são fundidos e desintegrados. A luz que vemos é fruto dessa reação no céu. “Você vê só um pedacinho brilhando depois desaparece. Isso indica que o grãozinho foi vaporizado pela atmosfera”, explica.

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