Dos filóisofos a historiadores, de poetas e cientistas, o amor tem capturado nossa imaginação e curiosidade por séculos. Muitos têm experienciado a sensação de se apaixonar pela primeira vez, ou o profundo sentimento de amor por seus filhos, família e amigos. Mas o que é o amor visto de uma perspectiva biológica?
#1 – Sem dúvida está entrelaçada com a sobrevivência evolutiva de nossa espécie. Afinal de contas, você vem de uma linha ininterrupta de organismos que se reproduziram a partir do primeiro micróbio que se dividiu em dois, para que seus ancestrais obtivessem sucesso ao se acasalar desde o início dos tempos.
#2 – Embora pensemos, muitas vezes, em associar o amor com coração, a verdadeira magia pode ser vista no interior do cérebro. Pode não ser totalmente surpreendente descobrir que o cérebro de alguém apaixonado parece muito semelhante ao de um usuário de cocaína. A cocaína age nos centros de prazer do cérebro diminuindo o limiar desses sentimentos. Isso significa que você se sente muito bem de uma forma muito mais fácil. Por isso, você não somente se apaixona pela pessoa, como também começa a romantizar mais a visão do mundo ao seu redor.

#3 – Curiosamente, perto dos centros de dor e aversão, começa a haver mais controle, então você fica menos incomodado com as coisas. Colocando de forma simples: nós amamos estar apaixonados!
#4 – Então quais substâncias químicas estão agindo para fazer tudo isso acontecer? Durante o orgasmo, ou simplesmente enquanto você olha para fotos da pessoa amada, há o surgimento de dopamina e noradrenalina a partir da área tegmental ventral. Isso não só provoca excitação sexual e um coração acelerado, como também te dá a motivação, desejo e vontade de estar com a pessoa mais e mais.
#5 – Veja, o amor romântico não é apenas uma emoção, é uma unidade motor da mente, e esse motor traz energia intensa, atenção, foco e euforia. Os centros de prazer são parte do sistema de recompensa do cérebro, o sistema de dopamina mesolímbica. Se você estimular esta região enquanto estiver estudando, por exemplo, aprender se torna muito mais fácil porque é prazeroso e percebido como uma recompensa.

#6 – Nós também vemos um surgimento de ocitocina neuromoduladora. Às vezes chamado também de “neuromodulador de compromisso”, porque em mamíferos ajuda a reforçar a ligação e o apego. Em experimentos, quando ocitocina é injetada nos ratos, eles instantaneamente encontram um companheiro para criar um vínculo.
#7 – Estudos têm mostrado que pessoas apaixonadas têm baixos níveis de serotonina, similar ao que as pessoas com transtorno obessivo-cumpulsivo têm. Isso é provavelmente a causa da nossa obsessão e paixão durante o amor inicial.
#8 – Essas áreas associadas ao amor romântico intenso podem permanecer ativas por décadas, e, embora existam muitos outros componentes fisiológicos e psicológicos que se agreguem a essa mistura, a verdade é que a ciência ainda sabe muito pouco sobre por que ou como o amor funciona. E ainda, de alguma forma, nós todos parecemos saber do que se trata quando o sentimos.
