Astrônomos da Universidade da Tasmânia, na Austrália, descobriram um planeta gigante orbitando uma estrela morta e que pode indicar o que acontecerá com nosso Sistema Solar quando o Sol morrer, em cerca de 5 bilhões de anos.
Animation by @AdamGDog showing a main sequence star ballooning into a red giant as it burns the last of its hydrogen fuel, then collapses into a white dwarf. A Jupiter-like planet orbits from a distance, surviving the explosive transformation. pic.twitter.com/QoZ8C9N2HX
— W. M. Keck Observatory (@keckobservatory) October 13, 2021
De acordo com o estudo, publicado no dia 13 de outubro pela revista Nature, o sistema planetário foi descoberto a 6.500 anos-luz de distância, perto do centro da Via Láctea. O exoplaneta, gasoso e com massa semelhante à de Júpiter, está orbitando uma anã branca.
Uma anã branca é o que resta depois que uma estrela, semelhante ao Sol, se transforma em gigante e vermelha durante sua evolução.
A @nasa-led team has discovered a Jupiter-like planet orbiting a white dwarf, the first confirmed planetary system showing our solar system's possible fate when the Sun dies. Jupiter may be a lucky survivor! Congrats to Joshua Blackman of @UTAS_ + team!👉 https://t.co/71tPXkKmYt pic.twitter.com/z06aO6FWt0
— W. M. Keck Observatory (@keckobservatory) October 13, 2021
Em comunicado, os pesquisadores explicaram que o planeta encontrado tem 40 vezes mais massa do que Júpiter, enquanto que a anã branca tem cerca de 60% da massa do Sol.
Ao observar o sistema, descoberto com auxílio do W. M. Keck Observatory, foi possível determinar que o planeta e a estrela se formaram na mesma época e que o planeta sobreviveu à morte da estrela.
@Keckobservatory recently discovered a planetary system similar to ours that is orbiting a dead star AKA a white dwarf that was once a Sun. Roman will find many planets orbiting white dwarfs to better understand the fate of solar systems like ours. https://t.co/oSGe2iaqnH 🌑🌟🪐 pic.twitter.com/dd4qgm5mtu
— Nancy Grace Roman Space Telescope (@NASARoman) October 13, 2021
“Esta evidência confirma que planetas orbitando a uma distância grande podem continuar a existir após a morte de sua estrela”, disse Joshua Blackman, principal autor do estudo.
O futuro do planeta Terra
Em cerca de 5 bilhões de anos, quando o Sol se transformar em um gigante vermelho, planetas como Vênus, Mercúrio e até mesmo a Terra provavelmente serão envolvidos no processo.

O futuro da Terra, porém, “pode não ser tão otimista”, segundo David Bennett, coautor do estudo e cientista da Universidade de Maryland e do Goddard Space Flight Center da NASA. Isso porque nosso planeta está muito mais perto do Sol.

“Se a humanidade quisesse mudar para uma lua de Júpiter ou Saturno antes que o Sol fritasse a Terra durante sua fase supergigante vermelha, ainda permaneceríamos em órbita ao redor do Sol, embora não seríamos capazes de contar com seu calor como uma anã branca por muito tempo”, afirmou Bennett.

A equipe de pesquisa planeja agora incluir suas descobertas em um estudo estatístico para descobrir quantas outras anãs brancas têm sobreviventes planetários intactos.