“Fiquei todo arrepiado(a)!” Se já tivessem desenvolvido a linguagem oral, nossos ancestrais diriam com frequência essa frase, há milhões e milhões de anos. Afinal, se arrepiar é um daqueles mecanismos biológicos que herdamos dos nossos parentes distantes primatas, e que continuam com a gente.
O cérebro e nossos hormônios (em especial a adrenalina) fazem a gente se arrepiar por dois motivos básicos: aquecer nosso corpo e garantir que a gente pareça maior do que realmente é. Como assim? Ok, isso não faz o menor sentido hoje, mas se pensarmos que já fomos muito mais cobertos de pelos, dá para entender. Ao nos arrepiarmos, nossos pelos ficam eriçados, formando uma capa natural contra o frio e colaborando para o corpo guardar o calor. Hoje, com pouco pelo no corpo, essa reação não produz efeito, mas quando éramos tão peludinhos quanto os chimpanzés…
Por que nos arrepiamos

Outro motivo do arrepio é defensivo. Com os pelos eriçados, parecemos maiores do que realmente somos, ajudando a afugentar adversários valentões (ou famintos). Novamente, esqueça sua atual aparência e viaje nos tempos em que nossos ancestrais tinham muito mais pelos do que o Tony Ramos. Cachorros e gatos também utilizam bastante esta técnica.
“Ah, mas eu me arrepio quando fico emocionado!”; “Eu me arrepio quando ganho um beijinho na orelha!”. Pessoal, a ciência tem explicação pra tudo! Isso ocorre porque seu cérebro interpreta essas reações do mesmo modo que um susto, ou seja uma necessidade de que seus pelos se arrepiem para você parecer maior do que realmente é.
O site Vox http://www.vox.com/2016/3/17/11250962/proof-evolution-vestigial publicou um vídeo só sobre este assunto. Ou seja, sobre vestígios que nosso corpo ainda carrega dos tempos em que morávamos em cavernas e precisávamos subir em árvores. Assistam, vale a pena!
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