14 de julho de 1789 foi o dia em que o povo francês tomou a Bastilha, o maior símbolo do absolutismo do país.
A invasão da Bastilha deu início à Revolução Francesa, o movimento social e político que marcou a história da França e do mundo.
Usada como prisão estatal durante os séculos 17 e 18, a fortaleza mantinha prisioneiros políticos, intelectuais e nobres, que contestavam o poder absoluto do rei.
A sua queda simbolizou a derrubada da monarquia absolutista, fim do Antigo Regime e fortalecimento da participação popular.
O povo de Paris cortou a cabeça do governador da prisão e ficou durante 5 meses no local, quando foi estipulada a demolição do local.
Veja a seguir 5 curiosidades sobre essa fortaleza e sobre a Revolução Francesa: 1. Prisão
Composta por 8 torres com quase 3 metros de espessura, 30 metros de altura e duas pontes elevadiça, a Bastilha era mais do que uma fortaleza. Apesar de ter apenas 7 prisioneiros quando foi tomada, era vista como símbolo do autoritarismo do rei. Recebia cerca de 40 prisioneiros por ano, onde acreditava-se que eram guardadas armas e munição. 2. Na verdade, não se comemora a Queda da Bastilha
No dia 14 de julho, a França não comemora a “Queda da Bastilha” devido à violência que marcou o evento. A data virou feriado nacional para marcar a Festa da Federação, um ano depois (1790), e foi escolhida no século 19, durante a Terceira República Francesa, para consolidar o regime, a reconciliação do povo e criar um imaginário nacional. Outros países como Bélgica, Hungria e Estados Unidos também a celebram. 3. Pioneiros
Durante a Revolução Francesa foi elaborado o primeiro documento sobre os direitos humanos no mundo, a “Declaração dos Direitos do Homem do Cidadão”. Nesta época Napoleão Bonaparte começou sua ascensão e em seu governo foi promulgado o primeiro Código Civil da história, conhecido como Código Napoleônico. 4. Campo de Marte
Em 1790, o palco dos massacres sangrentos da Revolução virou um imenso circo com capacidade para 100 mil pessoas, onde foi erguido também o Altar da Pátria. Com a torre Eiffel ao fundo, hoje o local é uma grande área verde, onde acontecem shows, concertos e eventos públicos, visitada por centenas de turistas diariamente. 5. Literatura e Cinema
O escritor Victor Hugo conseguiu relatar em “Os Miseráveis” um dos acontecimentos mais sangrentos da história com uma descrição romântica, cheia de sentimentalismo, que traz um tom épico e literário à “Queda da Bastilha”. A obra, que mistura ficção e realidade, foi adaptada para o cinema mais de uma vez.