
Sabe quem realmente inventou a bomba atômica? Usa-se a expressão “o pai da bomba atômica” citar duas pessoas: Einstein ou Oppenheimer. Eles são apontados em livros, revistas e até documentários como prováveis criadores.
Mas por trás deles há muitas pessoas que, se não tivessem colaborado, com certeza a bomba não teria sido possível, pelo menos na época em que foi desenvolvida.
Vamos falar de trodos os cientistas que contribuíram de alguma forma para a criação da bomba atômica:
Einstein e Oppenheimer

Muito antes de chegar o Século XX a humanidade já conhecia a existência do elemento Urano. Sabia-se que tinha o núcleo mais pesado com isótopos (átomos do mesmo elemento com número igual de prótons, mas diferente número de nêutrons) instáveis.
Só em 1905 ficou conhecida a equivalência entre massa e inércia: E = Mc2, que deduziu que um grão de qualquer matéria, por menor que fosse, mas multiplicado ao quadrado da velocidade da luz (quantidade númerica enorme de 300 mil quilômetros a cada segundos), faria com que se obtivessem grandes quantidades de energia. Claro, o assunto não era tão simples.
Em 22 de abril de 1904, um ano antes do nascimento da “Teoria da Relatividade Especial”, nascia J. Robert Oppenheimer, em Nova York (EUA), físico que, além de realizar trabalhos em teoria quântica e relatividade geral, dirigiu a maior lista de cientistas de alto gabarito do mundo no Projeto Manhattan, o que deu lugar à chegada da Era Atômica com a construção da bomba e cujo custo final superou 2 milhões de dólares.
Cientistas por trás da visão nuclear

Em 1939, ano do estopim da Segunda Guerra Mundial, Niels Bohr desenvolveu o mecanismo teórico da fissão nuclear. Por sua vez, Otto Hans e sua colega Lise Meitner preparavam, em um laboratório de Berlim, as condições para bombardear com nêutrons o núcleo de urânio, buscando obter um elemento mais pesado que o urânio, mas Meitner se viu forçada a fugir de Berlim, com a ajuda de Hans, já que era judia.
Hans continuou com Fritz Strassmann em trabalho que mais tarde o daria o Prêmio Nobel de Química pelo êxito na fissão do urânio, o que acabou sendo injusto com Meitner que analisou todos os resultados a cada passo do experimento e tem tantos méritos quanto Hans.
Inicialmente, Hans e Strassman conseguiram a fissão, mas não entenderam o resultado porque obtiveram átomos de bários, que tem o peso atômico equivalente à metade do átomo de urânio. Meltner analisou os resultados e concluiu que o átomo de urânio se partiu em dois. O que faltava para manter a conservação da massa inicial era a energia, que mantinha tudo unido e havia sido liberada de acordo com a equação de Einstein. Meitner batizou o fenômeno como fissão nuclear.
A contribuição de Szilard e Fermi

Foi Leo Szilard quem se deu conta que o nêutron poderia servir de projétil, já que descobriu que, durante a fissão do urânio, além da energia, também eram liberados, em média, dois ou três nêutros em grande velocidade e estes poderiam dividir outros núcleos, que soltaria outros nêutrons, que se dividiram em novos núcleos para liberar mais nêutrons… e assim sucessivamente acompanhado da soma total da energia liberada de todos os núcleos durante um processo incontrolável.
Enrico Fermi se aproveitou da entrega de seu Prêmio Nobel para viajar da Suíça aos Estados Unidos e, em Chicago, construiu o primeiro reator do mundo, utilizou varetas de grafite para desacalerar os nêutrons rápidos e assim conseguir a primeira reação nuclear autosustentável da história.
Claro que o trabalho de conseguir a bomba atômica não conclui o êxito de Fermi. Houve muitos trabalhos de engenharia e ciências que foram realizados por von Neumann, Richard Feynman e muitos outros gênios da ciência que deram muito mais que um grão de areia para o sucesso do projeto. No entanto, apenas um deve ser conhecido como “o pai da bomba atômica”. Quem você acha que é?