A todo momento somos bombardeados com textos que falam sobre seriados dos anos 1990, músicas dos anos 1980 e sobre como era bom viver nos anos 1960, tempos em que jovens do mundo todo protestaram contra governos repressores.

Tudo isso é prova de que a nostalgia está cada vez mais presente em nossas vidas. Isso não é ruim – pelo menos é o que sustentam especialistas da Universidade de Southampton, na Inglaterra.

Eles têm um núcleo que estuda a fundo todas as variáveis relacionadas à nostalgia. Em novo estudo, chegaram à seguinte conclusão: a nostalgia nos deixa mais preparados para lidar com o que acontece no presente e o que pode vir a acontecer no futuro.

Conexão com o passado

Os pesquisadores quebraram o mito de que os nostálgicos vivem uma ‘prisão no passado’ com esta nova pesquisa. Eles selecionaram dezenas de voluntários e mostraram a eles músicas de décadas passadas e pediram que se lembrassem de memórias antigas. A ideia era perceber como elas se sentiriam após passar por esse período de saudosismo.

Antes de chegar aos resultados, eles fizeram um questionário, com frases que falavam sobre a conexão com o passado e como os aspectos da personalidade foram afetados após a experiência nostálgica. No total, foram 6 experimentos antes da conclusão.

“A nostalgia promove a autocontinuidade, aumentando a conexão social, ou seja, um sentimento de pertencimento e aceitação”, escreveram os cientistas. Isso quer dizer que relembrar o passado é uma forma de aceitar e compreender melhor o presente.

Ser nostálgico faz bem

Constantine Sedikides, um dos líderes da pesquisa, chegou a dizer ao jornal The New York Times que a nostalgia é uma de suas motivações pessoais para seguir pesquisando sobre o tema.

“Nostalgia me faz sentir como se minha vida tivesse raízes e continuidade. Me faz sentir bem em relação a mim mesmo e aos meus relacionamentos. Fornece textura para a minha vida e me dá forças para seguir em frente”.

Portanto, não se sinta culpado quando achar que está perdendo tempo demais com testes de filmes dos anos 1990, por exemplo. O passado em nossas vidas é mais importante do que imaginamos.

Somos todos nostálgicos

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