Games de tiro em primeira pessoa já receberam muitas críticas de pais, educadores e especialistas por, supostamente, incentivarem comportamento violento entre crianças e adolescentes.
Pesquisadores ainda não chegaram a uma conclusão sobre o assunto, mas descobriram que jogos do tipo, como Call of Duty, por exemplo, têm sim um impacto no cérebro.
Jogos prejudiciais
De acordo com um estudo publicado pelo jornal científico Molecular Psychiatry, games de tiro em primeira pessoa podem diminuir o tamanho do cérebro de seus praticantes, mais especificamente do hipocampo, área relacionada à coordenação, memória e nível de estresse.
Em contrapartida, jogos mais “inofensivos” como Super Mario melhoram a cognição e até promovem aumento da mesma região cerebral, segundo dados da mesma pesquisa. A conclusão foi obtida através de dois diferentes experimentos com 76 pessoas.
Os cientistas inicialmente descobriram que, entre 33 fãs de jogos de tiro, quem dedicava ao menos 19 horas semanais ao game apresentava hipocampo menor em comparação a quem não tinha o hábito de jogar.
A pesquisa ainda dividiu 43 pessoas em dois grupos para outro teste: metade dos participantes deveria passar 10 semanas jogando games de tiro e a outra parte gastaria o mesmo tempo com games no estilo Super Mario. A diferença de tamanho do hipocampo também pode ser observada no experimento.
Por exigirem menos estímulo do hipocampo, jogos de tiro fazem com que a região do cérebro perca células e, consequentemente, diminua de tamanho. Em games do tipo Super Mario, que exigem tomadas de decisões mais complexas, memorização de rotas e táticas específicas, o cérebro se exercita mais e se fortalece.
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