O voo entre Nova Déli, na Índia, e São Francisco, nos EUA, mudou seu trajeto e ganhou o status de voo mais longo do mundo. O que antes era feito pelo Oceano Atlântico, agora a Air India fará a rota do oriente para o ocidente pelo lado oposto, passando pelo Oceano Pacífico.
Apesar de aumentar a distância, a nova rota tornou a viagem mais rápida. Entenda abaixo como isso é possível.
Contradição curiosa: distância X tempo
A mudança de rota do voo da Air India fez aumentar a distância percorrida em 1.400 km, chegando a um total de 15,3 mil km. Apesar do aumento na distância do trajeto, a duração do voo diminuiu cerca de duas horas. A partir de agora, o tempo total da viagem passa a ser de 14,5 horas, ao invés das antigas 16,5 horas.
De acordo com a empresa, essa redução no tempo de voo só foi possível por conta dos ventos em altitudes elevadas. Quando sobrevoava o Atlântico, o avião enfrentava ventos de frente que diminuíam a velocidade da aeronave em 25 km/h, em média. Já na rota pelo Pacífico, os ventos são mais fortes e seguem na mesma direção do voo, o que aumenta a velocidade do avião em 140 km/h, em média.
Concorrência acirrada
Por conta da variação da velocidade do vento, a expectativa é que o tempo total do voo na nova rota diminua entre uma e três horas em cada viagem. E, com esse aumento de distância, a Air India tirou o título de voo mais longo do mundo da Emirates. Até então, era a rota entre Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e Auckland, na Nova Zelândia – um voo com duração de 16,5 horas que percorre 14,3 mil km – o recordista.
O título da Air India, no entanto, não deve durar muito tempo. A Singapore Airlines já anunciou que, a partir de 2018, pretende realizar a rota entre Cingapura e Nova York. O percurso total de 16,5 mil km deverá ser percorrido em 19 horas. Hoje, a rota mais longa em termos de tempo de voo pertence à Emirates, no trecho entre Dubai e a Cidade do Panamá: 17,5 horas e 13,8 mil km.
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