Cientistas da Universidade de Portsmouth, na Inglaterra, fabricaram uma vodca artesanal chamada Atomik. O nome da bebida já dá uma pista sobre o que a torna tão diferente: ela foi feita com grãos e água de Chernobyl, cenário do maior acidente nuclear da história.
A ideia do trabalho, de acordo com os pesquisadores, é mostrar para o mundo que é possível fazer produtos seguros mesmo em um lugar com radioatividade. Com isso, a bebida pode se tornar uma grande aliada na recuperação econômica das comunidades que vivem ao redor da área abandonada.
A vodca de Chernobyl é segura?
“Ela não é mais radioativa que qualquer outra vodca”, afirmou o professor Jim Smith, um dos líderes da pesquisa, em entrevista à BBC.
Os grãos, como conta o especialista, estavam ligeiramente contaminados. Mas ele enfatiza que não há motivo algum para preocupação: “Qualquer químico dirá que, quando você destila alguma coisa, as impurezas ficam no produto residual”.
Mesmo assim, a bebida foi testada em um laboratório especializado e o resultado confirmou: nada de radiação na Atomik.
Com gosto frutado, a vodca ainda não foi fabricada em larga escala. Existe apenas uma garrafa, mas os cientistas querem produzir mais 500 ainda neste ano.
O projeto ainda tem uma causa nobre: pelo menos 75% do lucro das vendas será destinado às comunidades locais e às áreas de preservação ambiental da região.
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