É permitido fazer parto nos EUA para filho ter dupla cidadania, como fará Karina Bacchi?

Você já deve ter ouvido falar no turismo de enxoval, quando casais grávidos vão para outros países para montar o quarto ou comprar roupas e utensílios para o bebê. Mas o que a Karina Bacchi fará vai um pouco além disso. Ela vai desembolsar cerca de R$ 35 mil para dar à luz em solo americano e, assim, ter um filho com dupla cidadania.

Ao site de notícias Uol, a personalidade da mídia disse que sua decisão foi tomada por conta das futuras possibilidades que seu filho terá. “Eu tenho cidadania italiana e sei o quanto é positivo. Quero que meu filho tenha múltipla cidadania”, comenta a mamãe. Ela ainda afirmou que ama ser brasileira e que seu filho também será, se trata apenas de uma opção.

É legal ter filho nos Estados Unidos?

Nascer nos Estados Unidos, automaticamente, torna qualquer bebê um cidadão americano. A Constituição dos Estados Unidos garante cidadania à qualquer criança nascida lá, até mesmo se os pais estiverem apenas passando férias no país ou mesmo forem imigrantes ilegais.

O custo de maternidade, médico, remédios e todo o aparato que envolvido no nascimento de um bebê e no pós-parto ficam por conta de seus pais. 

A pessoa nascida nos Estados Unidos, mesmo que não resida lá, só pode solicitar cidadania para seus pais ou irmãos não-americanos depois que fizer 21 anos de idade – que é a maioridade legal nos EUA.

Trâmites necessários

Quem pretende dar à luz nos Estados Unidos precisa avisar isso aos serviços de imigração no aeroporto. Desde que todo o custo com o parto seja pago pela gestante, é perfeitamente legal usar os serviços particulares do país para esse fim. A restrição fica por conta dos auxílios e benefícios do governo. 

Tanto o Departamento de Estado Americano quanto o Consulado Brasileiro podem emitir a documentação necessária para que o recém-nascido embarque no avião e retorne ao Brasil. Esse documento se trata do passaporte, e pode ser tanto o americano, o brasileiro ou até mesmo os dois.

Como ser mãe em Miami

Enxergando que havia, na vontade de ter um filho com dupla cidadania, uma parcela do mercado a ser explorado, há dois anos a agência Ser Mamãe em Miami dá assistência médica a quem optar (e puder desembolsar a quantia necessária) por dar à luz na cidade. São os serviços oferecidos pela cooperativa que Karina Bacchi irá utilizar para ter seu primeiro filho.

Segundo a apuração do Uol, o valor pago inclui serviços de pediatria, obstetra e documentação. Consultada pelo VIX, empresa informou que, como os fundadores são médicos que trabalham em Miami há muito tempo, o serviço prestado é estritamente médico e pediátrico.

Entre as opções de partos múltiplos, naturais e cesarianas oferecidas nos hospitais parceiros da empresa (o Miami Medical Center e o Mercy Hospital), os valores vão de R$ 35 mil a cerca de R$ 60 mil.

Relembre a gestação de Karina Bacchi