É tradição que a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) seja iniciada com discurso de um brasileiro. O costume, no entanto, não está no papel. Trata-se de um hábito de mais de 50 anos.
Por que o Brasil sempre abre a Assembleia da ONU?
O hábito surgiu com a apresentação do então ministro de Relações Exteriores do Brasil, Oswaldo Aranha, em 1947. Neste ano, quando foi aprovada a criação do Estado do Israel, ele foi o primeiro a discursar e essa ordem permanece assim até hoje.
A ocasião em que Aranha abriu a mesa, no entanto, não foi a primeira Assembleia, mas a segunda, e o hábito só pegou mesmo em 1955. Isso significa que, entre 1948 e 1954, outros países fizeram a abertura, antes de o Brasil ser responsável por esse ato, que é seguido por um porta-voz dos Estados Unidos, país sede da ONU.
Na semana da 70ª Assembleia Geral, o #tbt é sobre Oswaldo Aranha, brasileiro que presidiu a 1ª #UNGA @ONUBrasil pic.twitter.com/w76OpSWgs3
— Nações Unidas (@NacoesUnidas) October 1, 2015
O Brasil é um dos 51 Estados fundadores da organização, que tem sede em Nova York, nos Estados Unidos.
Fala de presidentes
Segundo o Portal Brasil, a representação brasileira permaneceu mesmo nos anos de ditadura militar. Em vez do presidente, a chancelaria do Ministério do Exterior (Itamaraty) passou a representar oficialmente o país na Assembleia-Geral.
Em 1982, o então presidente João Figueiredo foi o primeiro presidente brasileiro a fazer um discurso de abertura da Assembleia da ONU.
A presidente Dilma Rousseff foi a primeira mulher a discursar abrindo a Asssembleia Geral, em 2011.
A Assembleia Geral da ONU é o principal órgão deliberativo da ONU, onde os 193 Estados-Membros se reúnem para discutir os assuntos fundamentais para a população mundial.

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