*Matéria publicada em: 31 de março de 2017
O Governo autorizou reajuste nos preços dos remédios, a partir desta sexta (31), podendo variar entre 1,36% e 4,76%. Três grupos de medicamentos devem ser afetados: no primeiro, que tende a sofrer o maior aumento, estão os que tratam da acidez gástrica e os de colesterol alto; o segundo grupo, antifúngicos e analgésicos narcóticos; e o terceiro, que deve sofrer menos reajuste, antiinflamatórios, antialérgicos e antibióticos.
São mais de 19 mil remédios que podem sofrer alterações nos próximos meses e nos novos lotes. As medicações que estão em estoque das lojas não sofrerão mudanças.
Os ajustes acontecem todos os anos e são decididos pelos fabricantes, que precisam emitir um pedido para aprovação ao CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), com as informações de venda do segundo semestre do ano passado (2016, no caso) e qual o percentual de aumento que pretendem aplicar.
Quais remédios ficam mais caros?
O primeiro grupo pode sofrer os maiores aumentos, com reajustes de até 4,76%. São os inibidores de bombas de prótons, que tratam problemas gastrointestinais e controlam a acidez gástrica, como omeprazol, pantoprazol, entre outros. Além deles, as estatinas usadas para controlar o colesterol alto, também são parte do grupo, como as sinvastatinas e atorvastatinas, conhecidas como Zocor, Zarator, por exemplo.
O segundo grupo, que deve ter ajuste de até 3,06%, inclui os antifúngicos sistêmicos, que servem para tratamento de micoses e infecções de tecidos e órgãos mais profundos, como o cetoconazol, fluconazol. Também entram analgésicos narcóticos (diminuem a sensação de dor) como o tramadol, morfina.
O terceiro grupo é o que menos deve aumentar (até 1,36%). São os corticoides orais puros, como a betamesona e a dexametasona, que são antiinflamatórios e antialérgicos, conhecidos como Decadron, Dexasone, Diodex, Diprospan, Dipronil, e outros. As penicilinas injetáveis como a ampicilina e a amoxicilina são os antibióticos que também estão inclusos.
Por que o preço dos remédios aumenta?
Geralmente os medicamentos mais impactados envolvem as categorias que possuem um número maior de genéricos ou que são produzidas por laboratórios diferentes. Isso faz com que a concorrência seja maior, já que possuem mais produtos disponíveis no mercado com a mesma função. Por isso, o aumento tende a ser maior.
Os reajustes são uma decisão da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), e foi publicada no Diário Oficial da União, com base no Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) todo ano. Segundo o Ministério da Saúde, é o menor aumento em 10 anos. Em 2016, o ajuste máximo permitido foi de 12,5%. Em 2015, 7,7%, e em 2014, 5,68%.
Medicamentos suspensos para uso
- Dinitrofenol é remédio perigoso que pode levar à morte
- Confira a lista de remédios proibidos na gravidez
- Saiba quais são os alimentos proibidos para quem tem gastrite