Ciclone pode formar tempestade subtropical no Sul e alerta para ressaca e "ondas gigantes"

O ciclone extratropical já observado sobre o mar nas últimas semanas deve se intensificar nesta terça (17), transformando-se em uma tempestade subtropical. Segundo alerta da Marinha do Brasil, o sistema pode provocar ventos fortes, que devem atravessar a região sul do país até esta quarta-feira (18).
Ventos fortes atravessam a região sul e sudeste
Em nota oficial, a Marinha do Brasil fez um alerta sobre a intensidade dos ventos em sentido oeste a sudoeste, que devem afetar especialmente a faixa litorânea entre os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina até a noite desta quarta (18). As rajadas de vento mais intensas podem chegar a velocidades de até 110km/h.
Segundo a Climatempo, a previsão é de ventania ciclônica nas regiões metropolitanas de Florianópolis e Porto Alegre, com fortes rajadas que podem chegar a 70km/h. Na região leste do Paraná, sul e leste de São Paulo e no estado do Rio de Janeiro, o ciclone chegará enfraquecido, provocando ventos moderados a fortes.
Esse sistema também poderá provocar alta incidência de ondas, de direção sudoeste a sudeste, que ainda segundo a nota, podem chegar "a alturas de até 6 metros, na faixa litorânea" entre os dois estados.
Do Rio de Janeiro ao sul de Cabo Frio, também há possibilidade de ressaca e ondas gigantes, que podem chegar até 4 metros de altura até a manhã de quinta-feira (19).
Trajetória do ciclone
Segundo a Climatempo, meteorologistas do país já estão atentos há semanas para a trajetória diferenciada desse sistema. Comumente, eles costumam passar pela região sul, às vezes sudeste, e logo avançam para alto-mar, sem necessariamente afetar o clima das cidades costeiras.
Entretanto, o ciclone está previsto para se desenvolver em um subtropical (quando não há, necessariamente, uma mistura de frentes quentes e frias em sua formação), a cerca de 900km do litoral do Rio Grande do Sul. O sistema será batizado de Yakecan, e será o 15º sistema meteorológico relevante a se formar em águas oceânicas brasileiras.
A formação desse sistema acende um sinal de alerta para a navegação em águas brasileiras, pois pode provocar ventanias perigosas, ressaca e mares agitados.