Apesar de a diversificação ser a melhor opção para quem ampliar as possibilidades de atuação, em algumas áreas, a especialização é o caminho natural. Formada em Biologia e fazendo mestrado na Fundação Oswaldo Cruz , a carioca Juliana Pacheco conta que, inicialmente, não sabia que caminho seguir diante das diversas opções dentro do curso universitário. “Gostava de biologia marinha, de botânica, biologia celular…”, lembra a bióloga.

Tudo mudou quando a então estudante conseguiu uma vaga de estágio em um laboratório da Fiocruz. “O foco era o estudo de mosquitos”, conta. Mesmo não conhecendo bem o assunto, Juliana aceitou o estágio, pois a instituição é referência na área de saúde. “No final das contas, me apaixonei pelo trabalho e fui me especializando. Ingressei no mestrado para ir mais a fundo e, no futuro, pretendo fazer o doutorado. No meu caso, a especialização é um diferencial, já que não há muitos pesquisadores que se interessem por esse assunto específico”, explica Juliana, que não teme o fato de não ter tido muita experiência em outras áreas da biologia. “Pretendo seguir sempre na área que escolhi, mas, caso mude de idéia, sempre há a possibilidade de fazer cursos de extensão e pós-graduações em outros segmentos”, acredita.

Mesmo quando o assunto é mundo corporativo, especializar-se pode ser vantajoso

Para as Ciências Biológicas, a especialização realmente é um caminho muito comum, mas mesmo quando o assunto é mundo corporativo, especializar-se pode ser vantajoso. Diretor da consultoria Agnis Recursos Humanos, no Rio de Janeiro, Robson Castro explica que, apesar do boom das empresas de petróleo e gás no país muitas delas ainda têm de recorrer a executivos expatriados por falta de mão-de-obra qualificada no Brasil. “Engenheiros de perfuração e de óleo e gás, por exemplo, são posições em que há necessidade de profissionais, mas falta qualificação”, observa Castro, que tem entre seus clientes diversas empresas do setor.