Esses são os 61 deputados que votaram para salvar Eduardo Cunha: anote o nome deles!

por | set 13, 2016 | Notícias

A votação pela cassação do deputado Eduardo Cunha, entre outros aspectos, serviu para que os eleitores identificassem como e quais deputados votaram no processo, que tornou o parlamentar inelegível até 2027. Apesar de um placar largamente favorável à cassação do mandato, 61 deputados votaram para salvar Cunha, dizendo não, se abstendo ou se ausentando da votação.

Listamos a seguir quais deputados e de que partido votaram dessa forma e como isso poderia ser uma estratégia para que a aprovação da cassação fosse por água abaixo.

Cassação de Cunha: como os deputados votaram

Foram 450 votos a favor, 10 contra e 9 abstenções, em uma votação que terminou no final da noite desta segunda-feira (12). Apesar de os dois últimos números serem pequenos, foram esses deputados que votaram na tentativa de salvar Eduardo Cunha. 

De certa forma, os deputados ausentes também tentaram jogar coletes salva-vidas à carreira política de Cunha, já que as ausências e abstenções favoreciam o parlamentar – a cassação precisava ser aprovada por 257 dos 513 deputados. Dos ausentes, 10 são do PMDB, mesmo partido de Cunha.

Conforme apurado pela Câmara dos Deputados, portanto, 95,9% foram a favor da cassação, 2,1% disseram não e 1,9% se abstiveram do voto. A lista dos 450 que votaram a favor está disponível no site da Casa. Vale lembrar que o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o próprio Cunha não votaram.

Lista de deputados 

Contra a cassação

– Carlos Marun (PMDB-MS);
– Paulo Pereira da Silva (SD-SP);
– Marco Feliciano (PSC-SP);
– Carlos Andrade (PHS-RR);
– Jozi Araújo (PTN-AP);
– Júlia Marinho (PSC-PA);
– Wellington (PR-PB);
– Arthur Lira (PP-AL);
– João Carlos Bacelar (PR-BA);
– Dâmina Pereira (PSL-MG).

Abstenção na votação

– Laerte Bessa (PR-DF);
– Rôney Nemer (PP-DF);
– Alfredo Kaefer (PSL-PR);
– Nelson Meurer (PP-PR);
– Alberto Filho (PMDB-MA);
– André Moura (PSC-SE);
– Delegado Edson Moreira (PR-MG);
– Mauro Lopes (PMDB-MG);
– Saraiva Felipe (PMDB-MG)

Ausência na sessão

– Adelson Barreto (PR-SE)
– Aelton Freitas (PR-MG)
– Alexandre Baldy (PTN-GO)
– Cacá Leão (PP-BA)
– Cristiane Brasil (PTB- RJ)
– Dr. Sinval Malheiros (PTN-SP)
– Edio Lopes (PR-RR)
– Fabio Reis (PMDB-SE)
– Felipe Bornier (PROS-RJ)
– Fernando Francischini (Solidariedade-PR)
– Fernando Jordão (PMDB-RJ)
– Gilberto Nascimento (PSC-SP)
– Gorete Pereira (PR-CE)
– Guilherme Mussi (PP-SP)
– Hiran Gonçalves (PP-RR)
– Hugo Motta (PMDB-PB)
– Iracema Portella (PP-PI)
– Jéssica Sales (PMDB-AC)
– José Priante (PMDB-PA)
– Josué Bengtson (PTB- PA)
– Jovair Arantes (PTB-GO)
– Junior Marreca (PEN-MA)
– Leonardo Quintão (PMDB-MG)
– Lindomar Garçon (PRB-RO)
– Luiz Carlos Ramos (PTN-RJ)
– Luiz Fernando Faria (PP-MG)
– Marcelo Aro (PHS-MG)
– Marcelo Matos (PHS-RJ)
– Marcos Reategui (PSD-AP)
– Marcos Soares (DEM-RJ)
– Nelson Marquezelli (PTB-SP)
– Pastor Luciano Braga (PMB-BA)
– Pedro Chaves (PMDB-GO)
– Raquel Muniz (PSD-MG)
– Roberto Góes (PDT-AP)
– Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC)
– Sérgio Moraes (PTB-RS)
– Soraya Santos (PMDB-RJ)
– Takayama (PSC-PR)
– Toninho Wandscheer (PROS-PR)
– Vinicius Gurgel (PR-AP)
– Washington Reis (PMDB-RJ)

Eduardo Cunha: a trajetória até a cassação

Qual era a acusação?

Eduardo Cunha foi acusado de ter mentido em depoimento espontâneo à CPI da Petrobras, em maio de 2015, quando disse não ter contas no exterior. Ele afirmou que não mentiu, mas sim que seria o beneficiário de um trust familiar contratado por ele para administrar seus recursos no exterior.

Presidência da Câmara

Em 7 de julho deste ano, Cunha renunciou ao cargo de presidência da Câmara dos Deputados.

O que acontecerá agora?

O deputado Marquinho Mendes (PMDB-RJ), que vem exercendo o mandato como suplente, deverá ser efetivado no cargo, com a cassação do titular. Cunha ficará inelegível por oito anos a partir do fim do mandato, ou seja, só poderá voltar a disputar uma eleição em 2027.

Ele perde o direito ao foro privilegiado, em que seria processado e julgado apenas no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele deve responder a acusações da Operação Lava Jato à Justiça Federal.

Eduardo Cunha em três atos