FBI confirma que eleições dos EUA foram hackeadas – e isso teria ajudado Trump

Os Estados Unidos elegeram o republicano  Donald Trump como presidente e isso o torna o político mais poderoso do mundo. 

Mas, boatos de ataque hacker têm intrigado o mundo: que história é essa? Está confirmado? O que vai acontecer? Como é possível que um erro dessa dimensão aconteça em eleições dos Estados Unidos?

É preciso ter calma para entender os detalhes que cercam toda essa história. Vamos lá:

Vitória de Trump teria ajuda de russos

De acordo com o governo dos EUA, por meio de investigações do FBI e da Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA), hackers russos realmente agiram para ajudar na vitória do republicano Donald Trump nas eleições e liberaram mais de 20 mil e-mails das organizações democratas do país, a fim de acabar com as chances de Hillary Clinton e promover a imagem de Trump.

No dia 29 de dezembro de 2016, a Casa Branca soltou um comunicado oficial,  comunicado oficial, informando que Barack Obama, presidente dos Estados Unidos até o próximo dia 20 de janeiro, liberou uma série de medidas a serem tomadas em relação aos ciberataques ocorridos nas eleições americanas.

Ataques hackers: como foram feitos?

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Diversos documentos de organizações democratas foram enviados para o Wikileaks depois de ataques de hackers e posteriormente vazaram para o público, causaram desentendimentos dentro do partido democrata e prejudicaram a imagem de Hillary Clinton, como reportado pelo site de notícias do New York Times.

Parte das mensagens revelaram que alguns membros do partido estavam procurando formas de prejudicar Bernie Sanders, um concorrente direto de Hillary Clinton na primeira fase das eleições dos EUA.

O Comitê Nacional Republicano também sofreu ciberataques, mas nada foi publicado. Os republicanos alegaram que os documentos deles não vazaram porque apenas algumas contas individuais foram atacadas.

“Essas são as mesmas pessoas que disseram que o Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa. A eleição terminou há um tempo atrás em uma das maiores vitórias da história do Colégio Eleitoral. Agora é hora de seguir em frente e fazer a América grande de novo”, disse Trump.

Segundo o governo americano, o objetivo dos ataques era “influenciar as eleições e corroer a fé nas instituições democráticas dos EUA, questionando a integridade do processo eleitoral, a confiança nas instituições do governo. Essas ações são inaceitáveis e não serão toleradas”.

O que pode acontecer com as eleições?

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Uma ordem de execução foi emitida para punir nove entidades e indivíduos: dois serviços de inteligência russos, o GRU e o FSB; quatro oficiais do GRU e três empresas que prestaram apoio material ao GRU.

Sem contar Evgeniy Mikhailovich Bogachev, responsável pelo roubo de mais de US $ 100 milhões de instituições financeiras americanas, empresas Fortune 500, universidades e agências governamentais, para a realização dos ataques; e Aleksey Alekseyevich Belan, que comprometeu as redes de computadores de pelo menos três grandes empresas de comércio eletrônico dos Estados Unidos.

O governo dos EUA também declarou que 35 funcionários do governo russo da Embaixada da Rússia em Washington e do Consulado da Rússia em São Francisco, e suas famílias foram expulsos e tiveram 72 horas para deixar o país. E o acesso dos russos está proibido a duas sedes do governo russo, um em Maryland e um em Nova York.

Até o momento, não há informações se esse ataque vai afetar a eleição de Donald Trump.

Ataque poderia já ser sabido pelos EUA

O site de notícias The Intercept, alegou que documento secreto vazado por Edward Snowden (foto acima), ex funcionário da NSA, hoje em asilo político na Rússia, prova que as agências de inteligência americanas sabiam dos ataques antes deles acontecerem.

Eles alegam que a NSA já tinha conseguido descobrir um esquema parecido, no caso de uma jornalista russa, que também tinha cidadania americana, Anna Politkovskaya. Ela foi assassinada e a agência de segurança descobriu que seu e-mail tinha sido hackeado pelo governo russo antes do crime.

A suspeita, não comprovada, é de que ela foi morta por suas represálias ao Kremlin (governo russo), e suas reportagens sobre a Chechênia e suas críticas a Vladimir Putin, o presidente da Rússia.

Isso abriu precedente para se acreditar que a agência já sabia que a conta tinha sido hackeada pelo governo russo porque ela estava hackeando as autoridades. Mas ainda não há provas nem que de que os democratas foram mesmo hackeados e nem de que o NSA já sabia.

Portanto dúvida sobre o fato da NSA ter sido ou não conivente com o ataque hacker continua no ar.

Curiosidades sobre as eleições dos EUA