Trilhas, passeios de barco, mergulhos, mirantes. Praias paradisíacas. Assim é Fernando de Noronha, arquipélago conhecido por suas belezas naturais. Mas, além das vistas maravilhosas, o lugar é reconhecido internacionalmente pela luta em preservar a natureza. É uma das poucas localidades em que o homem consegue viver em harmonia com o meio ambiente! Não foi à toa que, em 2002, recebeu a concessão do título de Sítio do Patrimônio Mundial Natural pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, a UNESCO. E, cá para nós, Fernando de Noronha merece! Mergulhe conosco nesta viagem…
Veja no slideshow fotos deslumbrantes de Fernando de Noronha
Por se tratar de uma unidade de conservação de proteção integral, apenas são permitidas atividades que façam uso indireto dos recursos naturais, como a pesquisa científica, a educação ambiental e o ecoturismo
O turismo é, sem dúvida, a principal fonte de renda para as quatro mil pessoas que vivem no local. O grande desafio é do arquipélago é fazer com que a exploração turística não interfira na preservação ambiental. Até agora o que se vê é um encontro equilibrado do homem com a natureza em um dos santuários ecológicos mais importantes do mundo. “Por se tratar de uma unidade de conservação de proteção integral, apenas são permitidas atividades que façam uso indireto dos recursos naturais, como a pesquisa científica, a educação ambiental e o ecoturismo”, diz Fabiana Bicudo, coordenadora do Parque Nacional Marinho.
O parque foi criado em 1988, ano de reintegração do arquipélago ao estado de Pernambuco. É formado por 2/3 da ilha principal – batizada também de Fernando de Noronha – e por todas as 20 ilhas secundárias, além de uma boa fatia marítima. Os outros 33% que ficam fora dos domínios do parque fazem parte de uma Área de Preservação Ambiental (APA).
Medidas de preservação
Por conta do trabalho para garantir a conservação do arquipélago, ir a Fernando de Noronha não é tão simples. Para começar, a visita precisa ser previamente agendada e garantida com o pagamento da taxa de preservação ambiental, no valor de 20 Ufir, algo em torno de R$34,48, por dia de visita. Só entram 500 turistas por dia. Conhecer as ilhas menores, que foram separadas da principal ao longo de milhões de anos devido à erosão marinha, é possível somente com permissão do Instituto Chico Mendes de Apoio à Biodiversidade, responsável pela área.
As águas cristalinas e praias limpas são fruto de muito trabalho. Apesar do respeito normalmente dispensados pelos turistas à natureza local, há fiscalização permanente, pronta para multar quem cometer a mínima agressão ao ambiente.
Projetos de pesquisa reforçam o senso preservacionista que reina na ilha. Os de maior destaque são o Tamar, que estuda as tartarugas marinhas, e o Golfinho Rotador, que analisa os cetáceos mais simpáticos dos oceanos. Nos dois casos, há uma perfeita harmonia entre a preocupação e o estímulo ao turismo ordenado como uma forma de gerar divisas para as pesquisas.