Com fenômeno La Niña, inverno será seco e com frio polar no Sul e Sudeste: veja previsão

O inverno começou nesta terça-feira (21) e segue até 22 de setembro com força total. As expectativas para o clima são contraditórias nas diferentes regiões do país, que terão características divergentes com a influência do fenômeno La Niña. Saiba quais são as previsões e como podem ser os próximos três meses de inverno.

Ondas de frio e clima seco afetam sul e sudeste

Nas regiões sul e sudeste, o inverno poderá reservar temperaturas muito abaixo da média esperada para a estação devido a chegada de massas de ar polar. Segundo previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a estação terá queda acentuada da temperatura do ar, podendo ocasionar formação de geadas nas regiões Sul, Sudeste e no estado do Mato Grosso do Sul; e queda de neve nas áreas serranas e planaltos da Região Sul.

O tempo mais seco predomina durante o inverno na região sul, especialmente entre julho e agosto. No sudeste, a passagem de frentes frias deve provocar chuvas no litoral. Já na região centro-oeste, segundo dados apurados pela Agência Brasil, massas de ar seco e quente acendem um alerta para incêndios florestais, principalmente nos meses de agosto e setembro.

Entre essas regiões, a tendência é de diminuição da umidade relativa do ar, com valores diários que chegam abaixo de 20%.

Inverno terá chuvas intensas no norte e nordeste

A estação reserva um contraste entre as regiões do país. Enquanto sul, sudeste e centro-oeste terão clima mais seco, o oposto é esperado no norte e nordeste. Também segundo o Inmet, maiores volumes de chuva concentram-se sobre o noroeste da Região Norte e leste do Nordeste.

Parte da região sul do Brasil, especialmente a oeste dos três estados, também poderá ter chuvas intensas. Episódios de friagem também são esperados nos estados do Mato Grosso, Rondônia, Acre e no sul do Amazonas.

Por que o clima na América do Sul é afetado pelo La Niña?

O fenômeno La Niña, que atravessa o país com maior impacto desde março deste ano, é um fenômeno recorrente que se caracteriza pelo registro de temperaturas abaixo da média na área do Oceano Pacífico, mais próxima da Linha do Equador. Por isso, países da América do Sul mais próximos desta área acabam sentindo seus efeitos.

Seus impactos climáticos são variados para cada região do país, pois podem ser combinados com outras frentes de temperatura ou mais fenômenos climáticos. Além de frio, outros possíveis impactos do fenômeno são alterações no volume e frequência de chuvas, e aumento da passagem de frentes frias.

Mudanças do clima