Marca propõe que você nunca mais chame a mesinha ao lado da cama de “criado-mudo”

por | nov 21, 2019 | Notícias

Sabe o criado-mudo, aquele móvel que tanta gente tem que fica ao lado da cama para colocar abajur, livros e água? Pode até não parecer, mas o nome da mesinha tem uma história bem triste que remete à época da escravidão no Brasil.

“Criado-mudo nunca mais”: por que não usar o termo?

A Etna, loja de móveis e utensílios domésticos, começou a campanha #CriadoMudoNuncaMais para que o nome que se tornou comum para o item não seja mais usado.

A empresa está começando a abolir o termo das lojas virtuais e físicas, com o intuito de que todos façam o mesmo. A ideia é que pessoas e marcas passem a usar o nome que também já é bem conhecido: mesa de cabeceira.

Assista ao vídeo da campanha:

História do termo “criado-mudo” remonta à escravidão

No começo do século 19 no Brasil, os escravos que ficavam responsáveis pelos serviços domésticos eram chamados de criados. Durante as noites, algumas dessas pessoas eram obrigadas a ficar deitadas ao lado das camas dos senhores segurando copos d’água ou outros objetos que poderiam ser necessários.

Eles não podiam se mexer e muito menos falar, servindo apenas para segurar os objetos dos senhores. Até que surgiu a ideia de deixar uma mesinha ao lado da cama que cumprisse essa função.

Como o móvel tinha a mesma função que alguns dos escravos domésticos, passou a ser chamado de “criado-mudo”.

Até hoje, a mesinha que fica ao lado da cama carrega um nome racista que lembra uma época terrível da história brasileira.

Combatendo o racismo