Por que a previdência privada?

Há muito pouco tempo o assunto previdência parecia interessar unicamente aos governos, por estarem preocupados com as questões de seus déficits com a previdência oficial, e também àqueles que de repente percebiam que a velhice havia batido à porta e – opa!- não haviam se preparado para envelhecer. Nos últimos anos, isso vem mudando. Todo dia abrimos o jornal, ligamos a TV, pegamos uma revista e lá está: o assunto “previdência” de novo.

Algumas pessoas já estão se prevenindo, outras estão preocupadas e outras, no mínimo, curiosas: “Será que isso me diz respeito? Por que batem tanto nessa tecla?”.

Assim, já sabemos que, quanto maior o patrimônio acumulado, menor será a necessidade de renda originada no trabalho após a aposentadoria. Aliás, isso vale para qualquer período da nossa vida

Bem! Pode apostar nisso! Esse assunto diz respeito a você e a cada um de nós.

Mas, afinal, por que esse assunto não sai da mídia?

Primeiro, porque o assunto é muito polêmico. E tudo que é polêmico resulta em algo interessante para a mídia. Há muitas mudanças ocorrendo, alterando o cotidiano e o futuro das pessoas. Segundo, porque muitos jornalistas e profissionais de mídia são pessoas sérias e estão, de fato, preocupados com a vulnerabilidade de milhões de brasileiros e brasileiras diante das mudanças sociais incessantes, que são verdadeiras “metamorfoses ambulantes”, atropelando o futuro das pessoas. Além disso, é provável que eles próprios estejam sentindo na pele – e na pele dos seus familiares – os problemas – sim, porque lembre-se, esse assunto diz respeito a todos nós e eles não são exceções.

Mas, o mais provável mesmo é que o assunto tenha se tornado uma das maiores preocupações dos brasileiros.

Por que o assunto se tornou tão importante?

As razões são várias. Vamos, então, enumerar algumas delas para você entender melhor:

1 – Certa clareza sobre a existência de algo chamado “futuro” só se tornou possível, para os brasileiros, depois do famoso plano de estabilidade da moeda denominado de Plano Real. Até então, estávamos habituados a administrar apenas o dia seguinte. A inflação nos ensinou a gastar – e quanto mais rápido, melhor. Prejudicando o outro lado da equação: o poupar. Com a estabilidade, o futuro se apresenta. E percebemos que é preciso cuidar dele. Daí o nosso interesse para que o assunto permaneça na mídia. Afinal, a responsabilidade de poupar e investir por conta própria para a aposentadoria já é nossa. Não tem muito como escapar disso. Teremos que ser investidores vitaliciamente, uma indiscutível condição para o nosso futuro financeiramente seguro. E precisamos aprender como fazer isso.

2 – Para a maioria de nós, decisões financeiras corriqueiras, aquelas do dia-a-dia, já são bem complicadas. Imagine, então, quando temos que levar em conta o nosso futuro financeiro também. Administrar presente e futuro ao mesmo tempo certamente não é fácil Por isso, quanto mais informações tivermos, melhor. Só assim poderemos tomar decisões que sejam acertadas.

3 – Hoje já conseguimos apontar com maior segurança os riscos que as pessoas correm se ignorarem essas tendências e não se prevenirem. Temos exemplos que nos rodeiam. Exemplos de pais e avós – os nossos e o de nossos amigos – sobrevivendo dos minguados trocados da previdência oficial. Vemos com horror esses acontecimentos. E queremos escapar dessa triste sina. Em todos os lados, há estatísticas que comprovam que envelhecer com qualidade exige dinheiro. No Rio de Janeiro, por exemplo, conforme dados do IBGE, ainda trabalham, 70,6% dos idosos entre 60 e 69 anos, 26,4% daqueles entre 70 a 79, e 3% dos que estão acima de 80 anos. Nada errado em se trabalhar. Muito pelo contrário. Mas é que nós sabemos que essas pessoas trabalham por necessidade e não por divertimento! E que fazem isso, muitas vezes, à custa de muito sacrifício e baixos salários.

Muito provavelmente, elas erraram nos cálculos da sua própria longevidade. Evidentemente, não planejaram falhar, acontece que não contavam com uma vida tão longa. Os avanços sociais e médicos pegaram muita gente de surpresa. Não queremos essa fragilidade para nós. Muito menos para nossos filhos. Por isso, segundo a Fenaprevi (Federação Nacional da Previdência Privada e Vida), a procura por planos de previdência privada para menores de idade não pára de crescer: 67,69% de crescimento em apenas um ano – de agosto de 2006 a agosto de 2007. Se a previdência social já anda capengando hoje, imagine quando nossos filhos estiverem na terceira idade.

4 – Já nos apercebemos que o mito de que na aposentadoria os gastos diminuem, como se apregoava antigamente, não tem fundamento. Como a maioria das pessoas viverá 20, 30 anos aposentada e com saúde, graças aos avanços da medicina, idealmente queremos viver esse período com satisfação, curtindo a vida, viajando, exercendo atividades de lazer e de criatividade. E para isso é preciso dinheiro.

Assim, já sabemos que, quanto maior o patrimônio acumulado, menor será a necessidade de renda originada no trabalho após a aposentadoria. Aliás, isso vale para qualquer período da nossa vida: quanto maior a renda originada em investimentos, menor o esforço para adquirir renda através do trabalho.

5 – A longevidade é crescente. Com as reformas previdenciárias e a expectativa de vida que, generosamente se alonga a cada ano, o limite agora imposto para os pagamentos das aposentadorias oficiais é considerado por muitos de nós insuficiente para um envelhecimento de qualidade. Por isso aumenta a percepção de que é preciso investir individualmente, para garantir o patrimônio a ser utilizado em algum momento da vida. A previdência privada surge como uma dessas opções de redução de vulnerabilidades de longo prazo.

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