Eduardo Carmello revela que os resilientes possuem cinco características que os ajudam a buscar oportunidades em meio aos problemas: pró-atividade, positividade, flexibilidade, capacidade de manter sempre o foco em mente e sempre se organizar diante de uma situação complexa. “São pessoas que sabem que não podem impedir a desestrutura, mas conseguem dominar a situação, agindo rapidamente com consistência. Para isso, precisam ser flexíveis. Aliás, isso é o principal”, afirma o consultor.
Sair de um problema com o mínimo de traumas possíveis e com uma grande oportunidade à vista é para poucos. De acordo com Eduardo, todas as pessoas nascem com potencial para serem resilientes, porém, a maioria não desenvolve as características necessárias. “Dos profissionais que passam por adversidades, 80% têm as capacidades ocultadas, desativadas. Somente 20% não só consegue apagar o fogo como também encontram boas saídas”, afirma.
Viver apagando fogo e não criando saídas, todo mundo faz. Transformar um negócio em uma causa e saber ser flexível não é para qualquer um. É preciso sair da inércia. Resiliente não sonha, realiza
Encontre a saída
Além de gerenciar a crise, o resiliente consegue se manter firme e encontrar soluções. A explicação é simples: ele tem sempre um propósito atrás de qualquer atitude tomada. Então, busca uma solução que o reconecte aos seus ideais. O consultor Eduardo Carmello lamenta o fato de quase ninguém ser preparado para lidar com as emoções. Mas, por meio de treinamentos, ele afirma que é possível desenvolver as qualidades da resiliência. Afinal, quando temos um propósito, naturalmente, nos sentimos motivadas a encontrar a melhor saída.
Educar as emoções e os sentimentos, para se adaptar às intempéries da vida, é regra básica. No entanto, existem quatro fatores que tornam as pessoas resilientes. “O primeiro é a genética, e aí não existe nada a fazer. O segundo é cultural. Em países com muitas dificuldades e aparentemente poucas soluções, as pessoas já crescem sabendo administrar problemas”, informa Eduardo Carmello.
O terceiro, de acordo com o consultor, é a personalidade. Existem pessoas empreendedoras, pró-ativas que não se esquivam e vão à luta – aprendem com os erros e acertos. O quarto fator é o ambiente em que se vive e que proporcionará o desenvolvimento das competências necessárias. Isso justifica a resiliência em alguns aspectos e em outros não. Uma pessoa pode ser resiliente, por exemplo, como mãe e dona de casa, mas no trabalho ser um desastre. É necessário, portanto, exercitar as características. “Viver apagando fogo e não criando saídas, todo mundo faz. Agora, transformar um negócio em uma causa e saber ser flexível não é para qualquer um. É preciso sair da inércia. Resiliente não sonha, realiza”, define Eduardo.