6 métodos malucos usados pela China para censurar a internet

Internet na China é controlada. Mais controlada do que se imagina. Pense em como seria viver num ambiente digital sem Google, Twitter, Facebook e até mesmo YouTube. Conseguiu?

O Partido Comunista chinês, que controla os acessos, tem ressalvas com esses sites por tornarem vulneráveis artigos e blogs sobre a história do país. Quando a informação põe em xeque o funcionamento do sistema, opta-se pela censura.

Ainda que seja impossível imaginar como uma república consiga controlar o acesso à informação para 1 bilhão de pessoas, a China já baniu e prendeu diversos usuários que tentaram ‘burlar’ esse sistema de contínua vigilância.

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Conheça 6 formas malucas de como a China censura a internet:

#6 Banir a URL

Uma vez que um site entra na ‘mira’ de proibição na China, dificilmente o Partido Comunista volta atrás para liberá-los novamente. O Facebook, por exemplo, foi banido em 2009. No entanto, eles costumam bloquear apenas as URLs. Quem tenta acessar via VPN, ou seja, de uma rede ‘privada’, com acesso restrito a partir de servidores não rastreados, consegue – embora essa prática não seja recomendada, já que o Governo pune internautas que violam as regras. Além da rede de Zuckerberg, Twitter, Google, YouTube e até IMdb são proibidos por lá.

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#5 ‘Viagem no tempo’? BANIDA

Séries como “The Big Bang Theory” são proibidas na China, e não por conta das piadas, mas por sua relação com ‘viagem do tempo’ – um termo que os governantes baniram de vez no país, já que na maioria dos casos eles esbarram na história do país. (O filme “Avatar” é um deles.) Além disso, segundo o crítico e jornalista Raymond Zhou Liming, a “lógica é que tudo que não é possível no mundo real pertence à superstição”.

#4 Banidos por nomes de usuários

Dependendo dos ‘user names’ que você criar para se cadastrar em algo, você pode ser banido na China. No ano passado, a Administração Ciberespacial da China deletou mais de 60 mil contas de usuários de sites como Alibaba, Tencent e Baidu (espécie de ‘Google chinês’), afirmando que termos sexuais ou satíricos a líderes e figuras populares são proibidos.

#3 Nem ouse falar mal de um ‘herói’ chinês

Em 2012, a China prendeu o blogueiro Zhai Xiaobing por ter mencionado um desabamento em cima de membros do Partido Comunista. Usuários da rede social Weibo, algo como o Twitter chinês, foram presos por zoarem com Lei Feng, um dos grandes heróis da propaganda do país.

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#2 Games ‘prejudicam interesses’

Censurar um jogo ou site na China pode comprometer seu acesso em todo o mundo. Por isso, desenvolvedores de games como “World of Warcraft” e “League of Legends” destinam as versões chinesas em servidores separados, para que qualquer tipo de banimento não comprometa as outras versões comercializadas em outros países. O Partido Comunista também não é muito fã dos games, porque “prejudicam os interesses nacionais”, principalmente quando “um líder chinês é assassinado ou um líder militar é visto como desonesto”, segundo comunicado do governo chinês.

#1 Autocensura: melhor que censura

Para evitar problemas com usuários de internet, o governo chinês criou uma campanha pedindo para que eles próprios se autocensurem. Eles contrataram atores e músicos famosos para propagar a autocensura, basicamente recorrendo a 7 ‘mínimas’: legal, socialista, de interesse nacional, de direitos dos cidadãos, de ordem pública, das tradições morais e da eficácia da informação.

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