A maioria de nós faz de tudo para que a água não entre nas paredes das nossas casas, mas segundo um arquiteto húngaro, a água será justamente a chave para uma casa moderna e muito ecológica.

Matyas Gutai, um arquiteto de 33 anos, construiu a primeira casa com paredes de água. Pode parecer loucura, mas você provavelmente vai querer viver em uma casa dessas.

Uma casa com paredes de água

A água não serve só para para beber e limpar, mas também tem algumas utilidades impensadas, tal qual a dada por Matyas Gutai, que dedicou sua carreira a trabalhar com água.

Gutai construiu a primeira casa com paredes de água. Embora a casa só tenha 10 metros quadrado de superfície, é um protótipo que demonstra o quão funcional ela pode ser. A água não fica no interior e nem no exterior, ela fica dentro das paredes.

A água que flui rodeando a casa, inclusive o piso e o teto, proporciona isolamento antirruído e, graças as suas propriedades, serve para aquecer a casa no inverno e mantê-la fresca durante o verão, tudo de forma ecológica e sem necessidade de gastar dinheiro com ar-condicionado e aquecedores.

A água não é a única originalidade dessa casa: em seu teto há placas solares que permitem a captura e o armazenamento de energia. Os que viverem nela não precisarão se preocupar com contas de luz.

A moradia ecológica do futuro

Nos últimos anos conhecemos casas inteligentes cheias de tecnologia digital e gadgets, mas ninguém pensou que o elemento mais abundante em nosso planeta era a chave para uma casa ambientalmente comprometida e que melhorará a vida e, por consequência, os bolsos de seus habitantes.

O novo tipo de moradia proposta por Matyas Gutai, que vem desenvolvendo essa ideia há dez anos, aproveita as propriedades naturais da água, recurso que abarca 71% de nosso planeta e ainda por cima é renovável.

Ao estar em movimento dentro das paredes, que levam o nome de Allwatter Panbel, todas as propriedades químicas e físicas da água são aproveitadas. E como se não bastasse ao utilizar H20 como material, economiza-se com outros materiais mais caros usados em uma construção.

Atualmente, o projeto desse jovem arquiteto está sendo patrocinado por universidades da Hungria, Japão e também da União Europeia, dado ao grande potencial dessas paredes ecologicamente inteligentes que podem ser usadas em quase qualquer tipo de construção.