Empresa cria tecnologia que ‘lê’ desejos por expressões faciais

por | jul 26, 2016 | Tecnologia

Thinkstock

Um software que interpreta expressões faciais e sugere aquilo que você desejaria: se uma série, um livro, uma propaganda ou um emoticon, vai depender de quais empresas ou startups utilizarem a aplicação do Affectiva, que desenvolveu uma tecnologia de reconhecimento facial a partir de dados extraídos de 2,8 milhões de rostos de 75 países.

Criada pelos cientistas Roz Picard e Rana el Kaliouby, do MIT (Massachussets Institute of Technology), em 2009, a Affectiva possui cerca de US$ 20 milhões de verba e mais de 11 bilhões de dados à disposição.

Em busca de mais parceiros, a empresa passou a convidar voluntários para desenvolver a aplicação num período experimental de 45 dias para, depois, tornar essas descobertas disponíveis.

Algumas empresas gigantes já fizeram uso de sua tecnologia: no debate das eleições norte-americanas de 2012, a emissora CBS tentou desvendar as feições dos presidenciáveis. A startup de chat de vídeo, Oovoo, utiliza as aplicações do Affectiva para interpretar as expressões faciais de seus usuários e gerar emoticons nos bate-papos. Em ação promocional, a gigante dos chocolates Hersheys pedia aos consumidores que dessem um sorriso em frente a uma tela. As expressões eram salvas em um banco de dados e analisadas de acordo com a leitura do Affectiva.

A partir de inúmeras combinações de mais de 40 expressões faciais, com toda essa big data os cientistas do Affectiva acreditam que podem decodificar as emoções humanas.

Isso não é vantajoso apenas no campo publicitário. Na tese de pós-doutorado no MIT, a CEO do Affectiva, Rana el Kaliouby, utilizou a tecnologia desenvolvida por sua empresa em pessoas autistas, para entender melhor o significado de suas diferentes formas de interpretar o que acontece ao redor.

“Pessoalmente, não vou parar enquanto essa tecnologia não for incorporada em todas as nossas vidas”, garantiu Rana.