A poderosa Elena Landau > Economia

Economia e carreira

BM – Qual a participação da mulher na economia? No mercado de trabalho?

EL –Toda vez que vou falar de mulher, acabo brigando com as mulheres por que como nunca fui discriminada… Vou te contar um pouco da minha história: fui contratada grávida com quatro meses de gravidez, no IPEA, um instituto de pesquisa do governo, eu já tive secretário homem e sempre ganhei os mesmos salários que todo mundo ganha. Na realidade, o que define a igualdade das pessoas no mercado é a igualdade das oportunidades. Tive a possibilidade de fazer faculdade, mestrado e larguei doutorado no meio porque eu quis. Fiz faculdade na PUC, mestrado na PUC e doutorado no MIT. Larguei MIT porque quis. Voltei para casar, uma decisão absolutamente feminina (risos). Fiquei um ano no MIT, tinha bolsa, tudo direitinho. Larguei porque meu marido, pai do meu filho, não podia mais ficar lá. E graças a Deus, porque aí depois engravidei e, se não fosse meu doutorado, eu não tinha o João, que é a melhor coisa da minha vida. Então, tem um lado feminino, que é essa decisão de largar o que eu não estava gostando muito e então nunca fui discriminada. Acho ridículo alguém que tem mestrado, possibilidade de um doutorado e com educação que eu tive e com o tipo de emprego em que eu trabalho vá ser discriminado. Agora isso não quer dizer que existe uma diferenciação provada estatisticamente, uma diferença de salário, acesso e oportunidade. Como não quer dizer que na mais baixa renda, quando o filho fica doente, é a mãe que fica em casa. Então, essa discussão sobre quem pode ficar em casa, quem pode levar o filho ao médico que hoje a gente tem com os maridos é a cabeça aberta que hoje a gente já tem. Então, eu tenho certeza que as mulheres tem essa maior discriminação. Mas, acho que as mulheres estão aparecendo até porque mudou, hoje elas saem de casa, fazem faculdade. É o seguinte, eu fui professora e as melhores alunas eram mulheres. Elas têm mais disciplina, são mais focadas, têm uma coisa assim. Você tem sempre as mesmas mulheres: a Maria Sílvia, a Kátia Almeida Braga… Eu trabalhei no BNDES, a minha equipe de privatização tinha homens e mulheres, as pessoas mais inteligentes com que eu trabalhei eram o Persio, meu marido, e a Mariana Sussekind. Eu não gosto muito de discriminar. Eu não gosto do projeto de lei que guarda 20% dos cargos políticos para mulheres. Por que você precisa ter uma política de representação de 20%? Talvez você precise no chão da fábrica, no acesso, é exigir igualdade salarial para mesmos cargos. Acho tudo isso absolutamente perfeito, mas aquela coisa assim: “Precisamos ter uma mulher no STF”. Por que precisamos ter uma mulher no STF? A Ellen está lá porque ela é boa. Eu já fui de vários conselhos, já tive reunião com 40 homens e eu era a única mulher. Eu era a única mulher a falar de futebol, eu trabalhei muito no futebol em 1999. Acho o seguinte: você faz aquilo que você gosta, você se destaca porque você é bom e eu acho que esse negócio de reserva de cargo, você tem que tomar muito cuidado. A primeira vez que eu tive destaque na imprensa foi no governo Itamar Franco porque ele queria uma ministra mulher. Acho até ofensivo pra mim ser escolhida porque sou mulher, eu quero ser escolhida entre os economistas e não entre as mulheres economistas. Toda vez que se fala “precisamos de uma mulher aqui ou ali”, parece que você está precisando de uma mulher para justificar. Por incrível que pareça, o único lugar que senti preconceito por ser mulher foi no futebol.

BM – O Brasil deve ser mais protecionista ou deve abrir a economia?

EL – Tudo que é liberdade comercial é melhor que a proteção porque na proteção você acaba beneficiando grupos, setores. Você vai ter que escolher ganhadores e perdedores e a gente já teve isso no passado. Eu acho que a gente tem que ter liberdade porque a população precisa ter acesso à escolha. Sempre a liberdade de comércio é melhor.

BM – Faça um balanço sobre o programa de privatização. Qual era exatamente tua função no BNDES?

EL – Eu entrei lá no final de 93, início de 94. Fiquei lá numa época de transição, ainda não tinha chegado o programa que ele virou depois com telecomunicações e etc. Foi uma fase interessante porque precisávamos dar um empurrão. O negócio tinha que pegar e pegou. Aí eu fico muito satisfeita. Tinha uma certa dúvida, se o Itamar Franco ia dar continuidade. A gente começou a pensar em serviços públicos, começou a discutir a questão das agências reguladoras. Então, teve uma parte conceitual muito interessante de trabalhar e uma parte mesmo do dia-a-dia. É um desespero o dia-a-dia da privatização. Ela era uma coisa assim. Ao mesmo tempo que você tinha que vender uma empresa, você tinha que entender de avião e, do outro lado, você tem que entender de ferrovia. Você tinha que aprender um pouco de tudo. Era legal porque era uma época em que tinha uma confiança na questão da privatização. Acho o balanço do programa da privatização super positivo, não só pelo dinheiro arrecadado, né? Porque o dinheiro arrecadado, 100 bilhões, as pessoas questionam “Ah, 100 bilhões, a dívida, virou poeira porque o juros são muito elevados”. Tem sempre o argumento que é elevado, mas são 100 bilhões que foram resgatados para dívida e que diminuíram os juros e que essa diminuição permite que se gaste hoje em saúde, educação, transporte… Mas, eu acho que mais do que isso você dá uma racionalização à atividade econômica e você dá mais eficiência naquelas empresas que estão mais eficientes e que o Estado, por uma série de questões ou por falta de vocação ou porque as leis de licitação atrapalham ou porque em alguns casos tem indicação política. Não dá para generalizar porque cada empresa é um caso. Ou porque era uma empresa de tecnologia muito avançada e que não tinha como investir mais, este foi o caso da Embraer. Tem uma série de questões que o Estado estava aí atravancando em vez de dar liberdade. E você deu uma liberdade para aquela empresa ir à frente. Você também não gasta mais em salário público porque o setor privado assumiu. Você não gasta mais em fundo de pensão desequilibrado que alguém assumiu. Você tem uma série de dívidas que repassaram para o setor privado. Para mim, isso tudo já é o máximo. Você transformou grande parte da população em cidadão. O pessoal reclama da Telemar, da Telefônica, da Light. A Light passou pelo problema do apagão e hoje em dia é a melhor empresa de serviço público na votação direta.

BM – E a privatização hoje?

EL – É obvio que o programa de privatização deixou… Primeiro, o governo não deu as explicações, faz propaganda, mas não dá as explicações. Depois, quando politicamente começou a ter os primeiros contrários, um certo revés, o governo se encolheu. Então, ninguém mais defende a privatização. É como se tivesse uma certa vergonha da privatização. Então, tudo isso é complicado, deu uma certa parada. Essa noção que a população tem que a privatização beneficia um grupo de investidores porque, como você vendeu pra grupos privados poderosos, não é que privilegiou. Na pulverização, por exemplo, na Telebrás não podia ser pulverizado mais, todas as ações da Telebrás já tinham sido vendidas no passado. O governo só tinha 19% da Telebrás. A pulverização já tinha sido feita. O que eu acho que é ruim para quem defende privatização é que esses argumentos não são mostrados. Por exemplo, o Banespa foi usado politicamente: quase quebraram o Banespa, fizeram um empréstimo que não tinham que fazer, o fundo de pensão do Banespa é um desastre. Na hora que você vai privatizar o Banespa, os funcionários acham aquilo um crime. Eu me pergunto onde estava a associação dos funcionários, os sindicatos quando o Banespa foi vilipendiado pelos governadores que o usaram. Eles não aparecem. Eu me pergunto onde estava o sindicato da telecomunicações, o PT, o Ministério Público quando a Telebrás foi vendida de maneira irresponsável, aquelas ofertas de capital que diluíram a participação do Tesouro e ninguém tomou conhecimento, ninguém discutiu o preço. O pouco que sobrou da Telebrás na mão do governo foi vendido por um preço excepcional. Trouxe bilhões e bilhões de dólares de investimento pro Brasil e gerou emprego porque, no caso das telecomunicações, tem mais de 100 mil empregos gerados indiretamente. Acho que falta é a discussão sobre pulverização.

BM – E pra onde vai o que é arrecadado com as privatizações?

EL – É para pagamento da dívida interna. Você poupa juros. No caso das telecomunicações, tudo que se ganhou nas telecomunicações foi para o Tesouro Nacional, não foi nem para pagar dívida. O que o Tesouro Nacional gasta? Ele gasta com previdência, com saúde, ele tem um orçamento. Ele gasta naquilo que o Congresso Nacional votou, que é o orçamento da União. Então, o governo não faz essa explicação e as pessoas ficam achando que tem sempre uma maracutaia na privatização, Não tem maracutaia nenhuma. Maracutaia tinha no Banespa antes. Quando você tem edital, cinco anos estudando, não tem maracutaia. Falta explicação e falta uma maior participação do trabalhador. Agora, uma coisa você tem que ter em mente não é fácil a participação do trabalhador através dessa coisa chamada pulverização. No caso da Petrobras, todo mundo usou seu FGTS, comprou ações da Petrobras. Por enquanto as ações da Petrobras estão subindo. Suponha que amanhã o barril caia para 5 dólares ou qualquer coisa que o mercado de ações despenque? Ações não são uma coisa incerta, não é muito fácil você chegar no Brasil, que não tem um mercado de capitais amadurecido, e sair fazendo pulverização. É totalmente diferente na França e na Inglaterra.

BM – O que você recomenda para o assalariado fazer com o 13° salário?

EL – Depende da situação do endividamento de cada assalariado. Obviamente, se ele estiver rolando o cheque especial ou estiver de alguma forma pagando o juros de mercado, a melhor coisa que ele pode fazer é quitar as suas dívidas porque ainda que a taxa de juros brasileira tenha se reduzido muito nos últimos tempos com a atual administração do Banco Central, que é excelente, o juros do tomador do crédito especial, do cartão de crédito, dos crediários são muito maiores do que você pode ganhar numa poupança. A melhor coisa é não se endividar, é acabar com endividamentos que você tem. Se você não tem endividamento, o ideal seria investir pois temos taxas de juros elevadas.

BM – Bolsa de valores?

EL – Acho que bolsa é incerta para o assalariado. Recomendo um fundo de investimento, renda fixa. Você deve procurar no seu banco a melhor coisa. Não necessariamente a poupança porque a taxa é muito baixa. Tem coisas que você pode fazer e eu digo aqui pros meus funcionários. Às vezes eles precisam trocar a geladeira, falo para eles comprarem a vista ou então juntar o 13° e as férias e quitar. Nunca se endivide. A última opção é o endividamento. A gente aprende em economia a taxa de desconto. Eu nunca fui uma pessoa de fazer planos. Um horror! (risos) Eu não devia nem dizer isso, sabe? Eu vou lá e gosto de ter o meu prazer, entendeu? Então, eu vou, organizo as minhas finanças. Por exemplo, aqui no escritório, todo mundo chega: “eu quero vender minhas férias”. De jeito nenhum! Todo mundo tem que tirar férias. Prefiro fazer financiamento para eles, dividir, eu organizo as finanças de todo mundo. Pelo menos dez dias tem que tirar. Não quero ver ninguém estressado, tem que ficar com os filhos, tem que ficar com a família. Acho que trabalho não é tudo na vida. Porque você vai usar dinheiro pra que? Pra suar em alguma coisa. Agora, a situação da população brasileira é uma situação de endividamento, de empobrecimento da classe média. O real trouxe uma melhoria significativa no nível de vida porque com o fim da inflação todo mundo melhorou de vida. A classe muito baixa foi a que melhor teve. Hoje em dia ele tem sua TV, seu som, sua geladeira. A classe média teve sua dificuldade.

BM – A senhora aceitaria cargo público? Concorreria a um cargo político?

EL – Olha, todo mundo me pergunta isso porque todo mundo acha que eu tenho uma veia política, eu falo muito e defendo as minhas idéias. Nunca ocuparia um cargo político eletivo porque acho o sistema eleitoral no Brasil, voto obrigatório, custo das campanhas e o tipo de aliança política que você tem que fazer, não fazem meu espírito, os meus princípios. Não faço acordo. A única coisa de político que fiz na minha vida foi ser assessora do Tasso Jereissati, o maior político do Brasil. Entro de cabeça quando acredito num projeto como eu entrei com PSDB. Hoje nem sou mais filiada. Isso me levou a um cargo público porque sempre fui do setor privado, nunca fui do setor público, nunca fiz concurso, nunca quis fazer. Aliás, fui uma vez do IPEA e larguei quando eu vi que tinha um projeto profissional melhor. E fui para um projeto e trabalhei três anos e até hoje sou policiada porque voltei para o setor privado. Eu fui do setor privado a vida inteira, só fui cumprir um cargo que era um projeto político de um partido que eu pertencia. Quer dizer, não tem lei de quarentena. Quando tiver, todo mundo vai cumprir. Eu cumpri uma quarentena pessoal e até hoje sou perseguida. Faz cinco anos que estou fora do Governo.

BM – Voltaria para o Governo?

EL- Não sei. Não volto enquanto houver essa mentalidade de achar que todo técnico que saiu do setor privado e vai para o setor público é ladrão, é corrupto, é mau caráter. A gente vai porque acredita, a gente vai de coração. Ganhava menos no setor público que no privado. Abri mão de remuneração e de estabilidade. Agora, eu adoro um cargo público no sentido de que se esse cargo público estiver vinculado a um projeto de nação, de governo que eu acredito como eu acreditava na privatização. Só conheci gente de altíssimo nível. Conheci o Serra. Mas, vou te falar, eu tenho uma mágoa pessoal com a imprensa. Jogam pedra sem saber com quem estão falando. Ninguém me conhece pessoalmente, ninguém conhece a minha vida e isso me desestimulou.

BM – Qual tua ocupação atual? Consultora?

EL – Cheguei a pensar em trabalhar numa empresa fixamente quando saí do governo. O problema é que tenho essa vida pessoal, um filho no Rio e marido em São Paulo. Eu dou muito valor a minha vida pessoal e de ter o meu horário. A consultoria me permitiu fazer o que eu gosto e ter esse domínio sobre a minha agenda.

BM – Qual teu cargo no Jockey Club?

EL – Sou vice-presidente de Marketing no Jockey Club. Não sou especialista em marketing. Me chamaram por causa dessa minha relação com o esporte.

BM – A senhora é otimista em relação a economia do país?

EL – Otimista é sempre uma relação relativa, né? Acho a estabilização cada dia mais sólida. Não meço meu otimismo só se o Natal vai vender mais ou menos. Eu meço meu otimismo pra mostrar que você tem hoje uma grande administração do Banco Central, com o presidente Armínio Fraga, você teve uma redução do juros, ainda não na velocidade que as pessoas gostariam, a recomposição do emprego não é na velocidade que as pessoas imaginam porque mudanças estruturais aconteceram na economia, no mundo e no Brasil. O emprego está se recuperando. Antigamente a pessoa otimista dizia que o Brasil ia crescer 8%. Isso não existe mais. Estou otimista? Vai crescer uns 4% ou 5%. Aí você vai ter turbulências? Você vai ter turbulências. A Argentina gera uma certa turbulência. No Brasil, está tendo a mudança nas prefeituras. Será que os perfeitos irão renegociar as dívidas? O governo ficará mais enfraquecido? Vai haver uma mudança radical política no Brasil em 2002, muda governador, muda presidente, muda senador, muda presidente do Banco Central, muda ministro… Você pode ter uma guinada na economia. Vejo também que há uma mudança em relação a ética e a moral. Hoje não existiriam mais os problemas que existiram no Banespa no passado. Não há essa possibilidade mais. Então, o dinheiro é todo melhor aplicado nas administrações federais, estaduais e municipais porque tem uma controladoria da sociedade muito forte. O futebol vai mudar. Tudo está mudando e eu acho que é o amadurecimento da democracia. Então tudo melhora. Está entendendo? Eu acho que o Natal vai ser melhor. Agora, tem gente que ainda não se recuperou de um certo achatamento do poder aquisitivo. O Natal é uma maravilha? Não sei. Foi melhor que o do ano passado e espero que o deste ano seja melhor. Mas, eu vejo muito menos pelo crescimento de vendas e muito mais pela consolidação da democracia, da transparência, da administração pública e tal. E menos os exageros que, às vezes, você discute na injustiça ou não. Aí você vai lá e o Supremo não aceita. Quer dizer, essa discussão é seríssima.

BM – O que fazer com os sonegadores de impostos? O que você acha da quebra do sigilo bancário?

EL – Não sou a favor do sonegador, de jeito nenhum. Às vezes você pega os colunistas dizendo: “quem, no Congresso Nacional, é contra a quebra do sigilo é a favor da sonegação.” Não é verdade. Têm algumas pessoas legislando em causa própria. Mas, começa assim, você cruza o sigilo bancário com o CPMF porque alguém que se considera isento transacionou não sei quantos milhões dólares. Aí é um absurdo. E quem diz que daqui a pouco não vai começar a quebrar o sigilo de todo mundo? Suponha que o cara tenha duas famílias, suponha que tenha um segredo pessoal. Aí vai ser chantageado. Ele não tem essa proteção toda. Vai quebrar a intimidade, a privacidade. Então, eu gostaria que a Receita Federal tivesse outra forma de combater a sonegação que não fosse a quebra do sigilo. E uma forma de combater a sonegação começa pela simplificação do sistema tributário. Acho que a Receita Federal prefere ficar com o sistema tributário absolutamente irracional, um milhão de impostos porque ele agora não quer mexer. É muito cômodo. Acho que tem que mudar o sistema tributário e defender a privacidade da população. Acho também que as multas deveriam ser altíssimas e a punição deveria ser exemplar.

BM – Fale da Marta Suplicy na prefeitura de São Paulo.

EL – Vamos deixar a coisa pessoal de lado, eu conheço a Marta como política. Para mim, tanto faz se a prefeita é um homem ou mulher. Nunca votaria numa pessoa porque ela é mulher. Não votaria na Marta porque ela é do PT e eu não voto no PT. Acho um partido cético demais. Nesta filosofia tanto faz se é Marta ou quem for. O presidente do partido que elogia Cuba como democracia quando é a maior ditadura ainda existente. Não é questão se eu sou de direita ou esquerda. Não sou nada. Fui do PSDB. Gosto muito do Roberto Freire, do Tasso, do Serra… Covas é um dos maiores políticos que o Brasil teve, ele é um grande administrador do dinheiro público. São Paulo foi destruída por duas administrações malufistas. Espero que a Marta dê certo. Ela tem alguns secretários interessantes. Marta sempre foi uma excelente profissional e o trabalho dela na televisão sempre foi muito corajoso. Ela é uma mulher inteligente e corajosa. Sempre defendeu as minorias no Congresso Nacional, o que não a qualifica como uma grande administradora. Acho que prefeito tem que cuidar de lixo e iluminação e não tentar inventar muito. Não deve discutir política macro-econômica geral. Se eu fosse concorrer a algum cargo público eletivo, seria prefeito.