
A profissão cruzou os caminhos de Selton Mello e Caio Junqueira bem cedo. Os dois começaram a atuar ainda crianças e se tornaram muito amigos, o que o ator fez questão de destacar na despedida que escreveu a Junqueira. O ator morreu em 23 de janeiro de 2019, após um grave acidente de carro no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro (RJ).
Em sua mensagem ao parceiro, bastante emocionante e poética, Selton ainda deu um conselho que precisa ser ouvido por todos nós: que possamos valorizar cada vez mais os encontros da vida, apesar de a rotina por tantas vezes nos afastar.
Mensagem de Selton Mello a Caio Junqueira
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Selton escreveu uma mensagem ao amigo no dia em que soube da notícia da morte, acompanhada de uma foto de Caio bem pequenininho. “Amigos desde a infância, atores mirins, ele e Jonas, como Danton e eu. Muita história, muitas e muitas, muitas aventuras ao lado desse cara diferenciado”, escreveu.
Caio e Selton cresceram em frente ao público, participando de novelas desde o início da carreira e, depois, estando em papéis em filmes e séries. Curiosamente, os dois participaram da série da Netflix “O Mecanismo”, último trabalho de Junqueira.
Além de relembrar as vivências compartilhadas com o parceiro, Selton também escreveu sobre o ensinamento que a morte de uma pessoa tão amada e próxima pode nos dar.
“Tempos de telas e telinhas. Algoritmos. O que fica disso: Viver. De fato. Mais e mais e mais. Janelas no lugar de telas. Eu quero janelas”.
Leia a mensagem completa:
“Caio para sempre
Querido do peito até não mais poder.
Não cabe aqui tudo que ele significa.
Aliás, aqui cabe quase nada.
A vida é curta, ela voa.
Nunca mais a risada única dele.
Seu alto astral, sua educação, sua energia.
Nunca mais ouvir Led Zeppelin sem lembrar do amigo amado.
Amigos desde a infância, atores mirins, ele e Jonas, como Danton e eu.
Muita história, muitas e muitas, muitas aventuras ao lado desse cara diferenciado.
É isso.
Tempos de telas e telinhas.
Algoritmos.
O que fica disso:
Viver.
De fato.
Mais
E
Mais
E
Mais
Janelas no lugar de telas.
Eu quero janelas.
Cada vez mais.
E mais e mais e mais.
Encontrar quem é do peito.
De verdade.
As lembranças ficam.
Pra sempre.
Inacreditável e doloroso demais saber que esse camarada doce, do bem, não mais estará.
Nesse espaço terreno.
Mas estará e MUITO dentro.
Dentro de mim.
E de quem o amava.
De quem teve a sorte rara de poder ser seu amigo.
Eu amava esse meu amigo irmão Caio Junqueira.
Agora ele segue em mim.
Sempre
Sempre
Sempre
Eu sou Caio em um trabalho nesse momento e isso ganhou um significado transcendental.
Você segue aqui, Caio.
Do lado de dentro.
Eu te amo.
Para sempre”.
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