Atleta cego que canta no metrô ganha medalha em competição e emociona com sua história

por | set 3, 2019 | Comportamento

O atleta mexicano Alejandro Pacheco conquistou uma medalha de bronze nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, no Peru. Ele, que é cego, subiu ao pódio pela prova de 1.500 m. Além das dificuldades que enfrenta pela deficiência visual, Alejandro lida com outro desafio: pela falta de patrocínio, ele canta no metrô para conseguir dinheiro para se manter como atleta.

Sem patrocínio, atleta cego canta no metrô

O mexicano perdeu a visão aos 19 anos de idade, por causa de problemas com drogas. Ele sofreu uma intoxicação cerebral e teve seu nervo óptico lesionado. No entanto, ele afirmou ao site esportivo mexicano Record que encarou esse problema como a sua grande chance de mudar de vida.

Como parte de seu processo de reabilitação, Alejandro começou a fazer parte de um grupo de atletismo para pessoas cegas. Foi aí que percebeu que tinha gosto e talento para o esporte.

O atleta começou a participar de competições nacionais e algumas internacionais, inclusive no Brasil. Ganhou várias medalhas por sua velocidade.

Ele conta que aprendeu muitas coisas com a sua deficiência, inclusive a sentir mais empatia pelas pessoas ao seu redor.

Por não ter patrocínio e nem receber o apoio necessário dos órgãos governamentais, Alejandro canta em vagões de metrô da Cidade do México para obter mais recursos.

“Não é o que eu gosto de fazer, porque eu não canto bem. Meu talento não é cantar, meu talento é correr”, disse em uma entrevista.

Após sua história vir à tona, a falta de suporte chocou a muitos e gerou reações de apoio na internet:

“Alejandro Pacheco é um corredor cego, de acordo com o ranking World Para Atlhetics 2018, na categoria de homens nos 1.500 metros quadrados está em oitavo lugar no mundo. No entanto, ele não tem suporte do @CONADE.”

E houve até quem já o viu nos metros e se revoltou com a situação:

https://twitter.com/dariabop/status/1139929734106767361

“Alejandro Pacheco, atleta paralímpico de alto desempenho. Em várias ocasiões, eu o encontrei nos vagões do metrô pedindo dinheiro por falta de apoio do #CONADE.

Histórias de superação