Cada eclipse pode te afetar de um jeito: saiba como e entenda a diferença entre eles

Eclipses são fenômenos astronômicos muitas vezes visíveis da Terra, que podem alterar a aparência da Lua ou do Sol. As mudanças no céu costumam ter um caráter misterioso e místico, gerando fascínio aos olhos dos humanos. Conversamos com o astrólogo Guilherme Salviano para entender quais são os diferentes tipos de eclipses e como eles podem ter fortes influências sobre a astrologia.

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O que é um eclipse?

Eclipse é o escurecimento total ou parcial de um astro por outro ou por sua sombra.  Os mais conhecidos são os eclipses solar e lunar, que se dão pelo posicionamento da Lua, do Sol e da Terra.  “O eclipse ocorre quando a sombra de um corpo celeste se posiciona na sombra de outro”, esclarece Salviano.

Eclipses solar e lunar

Existem dois tipos de eclipse, do Sol e da Lua. O eclipse solar ocorre quando a Lua fica no meio do Sol e da Terra, e o lunar, quando a Terra fica no meio da Lua e do Sol.

“Se pensarmos bem, todos os meses a Lua fica entre a Terra e o Sol: é a lua nova. E todos os meses a Terra fica no meio do Sol e da Lua, que é a lua cheia. No entanto, não há eclipses todos os meses. Eles acontecem, em média, semestralmente. Um eclipse precisa de um posicionamento dos astros em linha reta, mas o girar da Lua em relação à Terra ao longo do ano é inclinado – ou seja, ocorre de forma levemente torta. Por isso, não há eclipses todos os meses”, explica o astrólogo.

Os eclipses solares normalmente só são visíveis em pequenas áreas do planeta. Os lunares, por sua vez, podem ser vistos em qualquer lugar da Terra que seja noite no momento do fenômeno.

Eclipses total e parcial

Ambos podem ser eclipses totais ou parciais e, para entender a diferença entre eles, é preciso esclarecer os conceitos de umbra e penumbra. “A sombra de qualquer corpo tem duas partes: a umbra, que é a parte da sombra que não recebe nenhuma luz proveniente da fonte luminosa, e a penumbra, parte da sombra que é parcialmente iluminada”, diz Salviano.

No caso do eclipse lunar total, o Sol projeta sua luz sobre a Terra, e a Lua é coberta pela umbra terrestre. Já no parcial, a Lua transita pela penumbra da sombra da Terra, nas laterais da umbra.

Já o eclipse solar total faz com que o Sol fique completamente encoberto pela Lua. É possível ver apenas uma sombra. O eclipse solar parcial ocorre quando o Sol é parcialmente escondido pela Lua.

“Existe também o eclipse anular, quando a Lua está distante da Terra e ela não consegue cobrir totalmente o Sol”, ressalta Salviano.

Superlua

Como a órbita da Lua não é plenamente circular, e sim elíptica, há momentos do ano em que ela se afasta ou se aproxima mais da Terra. É nessa maior aproximação que acontece a chamada Superlua, uma lua cheia mais brilhante e de tamanho maior. “Podemos vê-la de 15 a 30% maior do que o normal”, explica.

Lua de Sangue ou Lua vermelha

A Lua Vermelha ocorre por conta da maior incidência de raios solares vermelhos sobre a Lua durante o eclipse lunar total. Isso é resultado da influência da atmosfera terrestre na luz e de um jogo de sombras da Terra e da luz do sol se projetando sobre a superfície da Lua.

Eclipse e astrologia

Segundo Salviano, o eclipse age, na astrologia, a partir de efeitos análogos ao que se vê no céu quando o fenômeno está acontecendo. “Em um eclipse, vemos uma sombra ou forma oculta que, com o tempo, se revela. Pode acontecer de questões pessoais que eram desconhecidas serem reveladas e descobertas”, exemplifica o astrólogo. Segundo ele, o eclipse pode marcar o ponto de partida para uma nova etapa pessoal ou para possíveis turbulências. “Dependendo do mapa astral, este acontecimento também é passível de indicar o êxito ou o fim de um ciclo em algum setor”, diz. Há algumas análises astrológicas que associam a uma maior incidência de tremores de terra em períodos de eclipses solares.

Salviano diz que os efeitos dos eclipses podem ser sentidos na semana ou na quinzena anterior ao fenômeno. “Quando um eclipse acontece, em especial o solar, seu efeito aponta para situações em algum setor específico do mapa astral. Este efeito pode predominar durante seis meses, tempo que outro eclipse leva para acontecer. Efeitos do eclipse refletem também no terceiro mês depois que ele acontece”, esclarece.

Dependendo do tipo de eclipse, solar ou lunar, é possível relacionar o fenômeno à astrologia com base no posicionamento da Lua e/ou do Sol no momento em que o fenômeno ocorre. Supondo que o Sol esteja em Libra e a Lua esteja em Áries durante o eclipse, por exemplo, pode-se dizer que os nativos desses dois signos, bem como pessoas que possuem ascendentes ou planetas neles, serão os que mais vão sentir os efeitos. As características do signo vigente na Lua ou no Sol também podem reger a maneira como o eclipse acaba afetando as pessoas de uma forma geral. Existem outras análises possíveis a partir das particularidades dos eclipses e dos mapas astrais de cada um. “Mesmo assim, todas as pessoas, de algum modo, são propensas a uma sensibilidade, ao menos que leve, em algum setor da vida em momentos de eclipse”, conclui Salviano.