Sabe aquela fantasia de coelhinha, diabinha, viuvinha e mais um monte de outras “inhas” que você usou – e arrasou! – no carnaval? Nem pense em pendurá-la no armário. A imaginação é infinita nos campos férteis da alcova. Noiva virgem, prisioneira selvagem, enfermeira sexy, tudo vale para dar aquela injeção de ânimo na folia entre quatro paredes.
Sem vergonha
As fantasias povoam o imaginário masculino. A publicitária Emília Mendes conta que já usou fantasia de ninja, enfermeira, Jade e colegial. Ela faz assim: quando gosta de uma fantasia diferente, compra e deixa guardada no armário para quando pintar o clima. “Tenho uma de dançarina que não usei ainda. Quando visto, fico mais desinibida. Sempre tive vergonha de tirar a roupa, mas uma vez fantasiada, esqueço que tenho celulite e me sinto a mulher mais gostosa do mundo”.
Emília tem o aval do marido para encher o guarda-roupa de fantasias sexy. Ela faz uma verdadeira superprodução no dia de estréia das peças que, diga-se de passagem, são bem pequenininhas e transparentes. “Faço escova, gravo um CD com músicas que tenham a ver, encho a casa de velas. Se é pra fazer, é melhor que seja direito. Não dá pra fazer mais ou menos”, ensina.
Apesar de toda a empolgação, já aconteceu de vestir a fantasia e não rolar. Aí Emília respeitou seus limites. “Quando cheguei na frente dele, fiquei sem graça e resolvi tirar. Ele entendeu e deixamos pra outra hora”, revela. Mesmo assim, no final da entrevista, a publicitária garantiu que vestir as fantasias dão um upgrade na relação e incentiva: “Todo mundo deve vestir um dia”.
Surpresa…
Quem não tomou coragem ainda deve ouvir o que a arquiteta Aline V., de 25 anos, tem a dizer sobre o assunto. Ela conta que estava cansada de ver o namorado babando na frente da TV diante da aparição de dançarinas em microbiquínis. Foi quando bateu a vontade de se fantasiar só pra ele. “Não contei nada: comprei uma fantasia numa sex shop e fiz a surpresa. Chegando em casa, fui me vestir no banheiro e pedi pra ele fechar os olhos. Quando abriu, me viu pronta e adorou. Eu dancei um pouco pra ele e comecei um strip”, lembra, garantindo que foi o maior sucesso.
Timidez X Tesão
A timidez pode mudar a brincadeira, que deixa de ser afrodisíaca para se tornar hilária. A hoteleira Catarina N., por exemplo, confidencia que já usou uma fantasia dessas a pedido do namorado. “Seria o presente de aniversário dele. Primeiro, ele teve a idéia de me dar uma de coelha… Eu me rachei de rir! Depois veio a idéia da de freira e eu achei insano. Até que ele propôs a de enfermeira e a tonta aqui aceitou”, conta.
Catarina topou usar um espartilho branco com uma sainha transparente por cima e um chapeuzinho na cabeça com uma cruz vermelha. O problema foi que ela não conseguiu segurar o riso na frente do namorado: “Era uma fantasia dele e não minha! Eu não me neguei: quando ele chegou do trabalho, eu já estava toda vestida. Tomamos um vinho, mas não consegui ver graça naquilo”. Para ela, a fantasia envolve todo um ambiente e os envolvidos têm que vivenciar a situação. “Se estivéssemos num hospital e eu aparecesse num quarto de enfermeira podia até ser. Mas em casa? Eu de enfermeira, passando frio e me perguntando como homem pode ser tão bobo”, finaliza.
Em cena
O sexólogo do Instituto Paulista de Sexualidade Ralmer Rigolleto afirma que a fantasia não se restringe à roupa em si, mas sim à cena que se constitui. “Algumas fantasias fazem parte do imaginário masculino. Ver a namorada vestida de empregada pode remeter a uma fantasia da adolescência de transar com a empregada da casa. Já os mais velhos costumam fantasiar com as garotas de roupa colegial. Além disso, a mulher quando se produz para o ato sexual, pensa que será muito desejada pelo parceiro, ficando ainda mais excitada”, explica.
Rigolleto diz que este jogo pode tornar a prática sexual muito agradável. Ou seja: experimentar os prazeres de uma fantasia sexy, a meia luz, com uma musiquinha de fundo não faz mal a ninguém. Contudo, para dar certo, usar ou não uma fantasia na cama tem que ser algo de comum acordo entre o casal. “Ambos têm que entrar no jogo. Ele pode se vestir de médico encontrar com a mulher fantasiada de enfermeira”, sugere. Opa! Que ótima idéia!
Que tal pedir para o seu namorado, marido ou ficante se vestir hoje mesmo de policial, bombeiro, marinheiro e o que mais a imaginação e o tesão mandarem? O Carnaval chegou ao fim, mas a folia não precisa acabar…
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