Desde 1968, quando o filme “Se Meu Fusca Falasse” realizou nas telas de cinema o desejo de todo motorista da época, o mercado automotivo evoluiu de tal forma que a ficção já pode ser considerada realidade. Hoje, as montadoras apresentam tecnologias que possibilitam a interação do motorista com o carro de uma forma que você jamais imaginou. E, aí, está preparada para bater um papo franco com a sua máquina?
‘Se meu Fusca falasse’
O pontapé inicial foi dado 18 anos depois de o Fusca ter um papel de destaque nas telonas pela primeira vez. Em 1986, o lançamento do Miura Saga parecia trazer a história do cinema para o dia a dia dos apaixonados por automóveis. “O carro apontava problemas que colocavam a vida do motorista em risco, como uma porta aberta ou a falta do cinto de segurança. Também alertava sobre o nível de combustível. Mas o tempo passou, as expectativas aumentaram e os recursos do Miura Saga, que encantaram os consumidores nos anos 80, ficaram no passado“, explica o jornalista automotivo e redator do blog Mahar Press, José Resende.
Para o usuário de hoje, o carro precisa ter personalidade marcante, ser funcional, seguro, que o ajude a ganhar tempo enquanto está parado num congestionamento e esteja conectado com seus tablets e smartphones. “Manter a segurança ao volante e usar a tecnologia como aliada pode reduzir, significativamente, o número de acidentes no trânsito”, destaca o jornalista.
Uma pesquisa realizada através do sistema inteligente VIRTTEX, desenvolvido pela Ford, aponta que avisos sonoros, assim como alertas vibratórios e visuais, são fundamentais para quem está ao volante. Por isso, a emissão de sinais sonoros sobre um risco enquanto o motorista está em ponto cego já acompanha alguns modelos desde a fabricação. José Rezende destaca a importância de investir em novas soluções. “Um exemplo claro para que as montadoras invistam cada vez mais em sistemas como esses são as novas regras do governo americano, que elaborou um manual para erradicar algumas atitudes no trânsito, como retirar as mãos do volante para verificar mensagens e e-mails. Com isso, as empresas querem investir em tecnologias que permitam que o condutor use mais a audição e não tire os olhos das estradas e as mãos do volante. Essa é uma tendência mundial“, garante.
Evitar uma colisão consequente de uma breve cochilada agora também é tarefa do carro. A empresa dinamarquesa ASP ( Anti Sleep Pilot), que dá nome ao sistema, desenvolveu um dispositivo que evita que o motorista durma no trânsito. Ele deve responder aos estímulos sugeridos pelo sistema e, caso detecte problemas com os reflexos do condutor, um alerta sonoro e visual é ativado, informando-lhe o grau de risco de continuar dirigindo.