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Como criar metas realmente alcançáveis no fim do ano? Neurocientista revela 3 dicas

O final do ano não é apenas uma convenção do calendário; para o nosso cérebro, é o momento mais potente para a reorganização mental.

Isso porque, de acordo com a neurociência, a virada de ciclo aciona em nosso cérebro as condições ideais para refletir, planejar e mudar.

Abaixo, veja como transformar a tradicional lista de desejos de janeiro em um plano de vida sustentável, segundo a neurocientista Carol Garrafa, autora do livro “People Skills: uma vida de propósito”.

Por que criar novas metas para o ano novo

(Crédito: wayhomestudio/freepik)

O fim do ano aciona duas forças cerebrais distintas: a sensação de finitude e a esperança do próximo ciclo. E é nisso que você deve focar, segundo a especialista.

“À primeira vista parecem opostas, mas quando integradas, formam o momento mais poderoso do ano para reorganizar a mente,” explica.

Isso porque o cérebro tem uma aversão biológica ao “fim”, que significa avaliação, incerteza e mudança. Por isso é comum que muitas pessoas sintam ansiedade e até uma certa melancolia nessa época do ano.

Além disso, a virada do ano dispara o que Carol Garrafa chama de “Ano Novo, Vida Nova neurobiológico”. Ou seja, há mais liberação da dopamina da antecipação, o neurotransmissor que gera impulso para mudar, planejar e recomeçar.

homem e mulher corredores
(Crédito: freepik/ Freepik)

O problema? Esse impulso dura cerca de 4 a 6 semanas. “Sem revisão do passado, essa energia se transforma apenas em desejo, e não em transformação real,” afirma a neurocientista.

3 dicas para criar metas alcançáveis

1. Equilibrar o “DOSE” (4 neurotransmissores principais associados ao bem-estar e à felicidade)

(Créditos: Freepik)

Metas sólidas dependem da manutenção e do equilíbrio de quatro sistemas:

  • Dopamina: Inicia o movimento e a intenção;
  • Ocitocina: Aumenta engajamento, vínculo e responsabilidade social;
  • Serotonina: Regula emoções e celebra pequenas conquistas, mantendo o bem-estar;
  • Endorfina: Fortalece a resiliência e o prazer pelo movimento.

Por isso, o segredo não é ter mais dopamina, mas sim equilibrar o DOSE consistentemente.

2. Manter a disciplina

ioga fim do ano
(Créditos: Freepik)

A motivação é biologicamente instável. O que de fato sustenta a meta ao longo do ano são as funções executivas. Isso inclui a criação de:

  • Rituais consistentes;
  • Um ambiente estruturado;
  • Evidências visíveis de progresso.

“Motivação não é mágica, é a consequência de um sistema funcionando” enfatiza a neurocientista.

3. Transformar metas em hábitos

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  • Reduzir o atrito: Deixe o caminho certo mais fácil (ex: a roupa de ginástica já preparada);
  • Micro-hábitos acoplados: Associar o novo hábito a algo que você já faz (ex: meditar por 1 minuto logo após escovar os dentes);
  • Sistemas visuais e recompensas moduladas: Manter o progresso visível para o cérebro e celebrar as pequenas vitórias.

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