Crash Tests: como funcionam?

Conforto, potência, consumo e segurança, não necessariamente nessa ordem, costumam ser fatores relevantes na escolha do carro novo. Cada vez mais, as montadoras investem em tecnologia para melhorar a segurança dos condutores e passageiros. Prova disso é que muitos carros já oferecem airbags e freio do tipo ABS como itens de série, só para citar alguns exemplos. Mas o que poucas pessoas sabem é que, antes de chegar às lojas, a maioria dos carros passa por testes de impactos, chamados de crash tests.

Basicamente, o crash test consiste em colidir um veículo com características físicas e dinâmicas conhecidas com um obstáculo fixo ou móvel e de características predeterminadas. Com isso, é possível avaliar como o impacto nas colisões entre os veículos é absorvido pelos ocupantes no interior dele.

Para a realização do teste, é utilizado um mecanismo de lançamento semelhante ao de uma catapulta e, dentro do carro, são colocados bonecos de tamanhos e pesos variados. Durante o teste, veículo, bonecos e obstáculo são monitorados por sofisticados dispositivos e sensores. Os testes são realizados em velocidades entre 40km/h e 80km/h.

Através do crash test, a indústria automobilística busca aprimorar o sistema de segurança dos carros, como os airbags, por exemplo. “Antigamente, os sensores eram muito sensíveis. Se você desse um chute no para-choque, o dispositivo era acionado . O grande desafio é aprimorar os sensores com o tempo ideal de explosão do airbag, que dura algo em torno de 1/3 de um piscar de olhos”, destaca Marcelo Galvão, especialista em segurança no trânsito.

Outro ponto importante avaliado no crash test é o travamento do cinto de segurança. Ele age exatamente como um dispositivo de absorção da energia do passageiro, evitando assim que ele se choque com outras partes do carro. Como o cinto é um dispositivo “elástico”, suas fibras têm grande capacidade de absorção de energia e, por esta razão, não causam danos graves ao passageiro. “Por isso não é aconselhado o uso de  prendedores no cinto de segurança”, lembra Marcelo.