Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes

A exploração e o abuso sexual no Brasil são crimes que podem não deixar pistas aparentes, mas certamente deixam marcas indeléveis nas almas e mentes de suas vítimas. O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes foi criado com base na lei nº 9.970, no dia 18 de maio, após um crime ocorrido em Vitória-ES, em 1973, quando uma menina de oito anos foi espancada, violentada e assassinada. Os culpados não receberam qualquer punição.

Casos que chocaram não só o país, mas também o mundo, são exemplos de que essa luta é constante e está longe de acabar. A toda hora surgem novas denúncias e nem sempre os culpados são punidos. Como incentivo para as denúncias, foi criado o Disque  100, da Secretaria de Direitos Humanos. Discando o número 100, de abrangência nacional e gratuito, podem ser feitas denúncias de violência sexual praticadas contra crianças e adolescentes, além de outras violações de direitos humanos, que são encaminhadas às autoridades competentes, preservando o anonimato do autor da ligação.

Pais devem ficar atentos. Existem medidas para evitar que seus filhos sofram algum tipo de aliciamento de estranhos ou até mesmo de pessoas próximas, pois o delito geralmente acontece quando o abusador se aproxima da criança e ganha sua confiança. As táticas de persuasão vão desde promessas até mimos, como sorvete, chocolate e balas, que podem vir de pessoas de fora do círculo de convívio e, em sua versão mais lamentável, de dentro da roda de conhecidos e parentes.

E não se deve ignorar o que hoje é um dos principais meios de facilitação do crime: a internet. Com uma possibilidade infinita de conhecer pessoas em todos os lugares do mundo sem sair de casa, o universo web possibilita mais do que isso. Permite que o criminoso se passe por uma criança ou por qualquer pessoa como recurso para facilitar a conquista da confiança. Práticas sexuais virtuais via webcam, fotos de nudez, vídeos, telefonemas contendo linguagem sexual e voyeurismo são formas de cometer o crime sem deixar vestígios. Estar atento aos sites que seus filhos entram e com quem eles conversam é a melhor forma de proteger seu filho.

Conversar sempre ajuda. É difícil saber quando uma criança passa por esse tipo de provação traumática. O medo pode fazer com que elas se fechem num mundo quase impenetrável. Manter o diálogo constante faz com que o filho se sinta à vontade para falar de todos os assuntos com seus pais.