Em entrevista ao canal no YouTube do blogueiro Fred Elboni, a atriz Fernanda Souza compartilhou um hábito que costuma fazer quando se sente triste: travar um diálogo em voz alta consigo mesma.
“Ninguém é feliz o tempo todo. Eu converso comigo mesma. É muito louco isso, mas funciona. Eu falo: ‘Eu estou triste porque isso aqui está me incomodando’. Aí eu faço o outro lado: ‘Mas está te incomodando por isso e aquilo’. E eu vou conversando comigo e desabafando.”
Fernanda conta que a prática é válida, para ela, porque geralmente a atriz sabe a solução para os problemas que a afligem. “Falo em voz alta para me curar. Eu falo o problema e dou a resposta positiva. Existe um lado, dentro de mim, que sabe o que fazer.”
Conversar consigo é comum e ajuda no dia a dia
A prática de Fernanda não é incomum. “Todos falamos sozinhos. Isso é muito normal, este diálogo interno. É preciso verbalizar para tentar buscar nos entendermos. Quando estamos com adversidades, o monólogo ajuda a entender a questão”, explica a psicóloga Edyclaudia Gomes de Sousa.
A psicóloga Renata Bento concorda. “Ao se escutar e questionar a si próprio acontece uma relação de intimidade que é importante.”
Para ela, no entanto, o hábito não substitui a ida ao terapeuta. “São experiências diferentes porque, no analista, existe a oportunidade de se escutar diante de alguém que vai ajudar a iluminar e apontar aquilo que não se consegue ver, as repetições por exemplo, que deixam a pessoa paralisada sem conseguir avançar”, esclarece.
Escrever em diário também ajuda?
Renata explica que, ao conversar consigo, o indivíduo está livre, seguindo um fluxo de ideias, o que é muito interessante para a autocompreensão.
Já ao escrever seus pensamentos, o discurso é elaborado e tende a ser ajustado à narrativa do texto. “Escrevendo no diário, você não verbaliza. Você usa para lembrar o que fez”, completa Edyclaudia.
O que fazer quando se está triste: mais alternativas
As especialistas recomendam duas possíveis saídas para quem precisa lidar com problemas do dia a dia, mas não podem consultar um profissional de imediato.
“A auto-observação, utilizar a capacidade de pensar antes de agir, tomar decisões baseadas na realidade e saber lidar com frustração são a base para uma conversa diária consigo próprio”, orienta Renata.
Edyclaudia recomenda, também, que a pessoa procure atividades que a façam quebrar a rotina. “Como somos muito exigidos, sofremos bloqueios e as pessoas podem sofrer durante semana inteira com eles. Elas precisam achar uma atividade que as faça relaxar.”
Psicologia e terapias
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