Lançado em 2001, a comédia romântica “O Amor é Cego” fez muita gente rir no cinema com um enredo aparentemente leve e banal. O filme conta a história de Hal (Jack Black), um homem que só interessa por mulheres que tenham um “físico perfeito”.
Depois de ser hipnotizado por um guru, ele se torna capaz apenas de ver a “beleza interior” das mulheres e, assim, se apaixona por Rosemary (Gwyneth Paltrow), uma mulher obesa que é vista por ele como se fosse magra.
Hoje, o filme passa por diversas críticas por ser considerado gordofóbico. Até mesmo a protagonista do longa rejeita o trabalho.
Gwyneth Paltrow diz que filme é um “desastre”
Gwyneth Paltrow levanta bandeiras sobre empoderamento e emancipação feminina e revelou recentemente que se arrepende de ter feito “O Amor é Cego”.
Em um bate-papo com Kevin Keating, para a Netflix, a atriz pergunta ao amigo qual o filme dela que ele menos gosta. Kevin cita a comédia e a famosa concorda: “um desastre”, declarou Gwyneth.
Esta não foi a primeira vez que a atriz falou sobre. Em entrevista à revista W Magazine, Paltrow comentou o seguinte:
“No primeiro dia em que experimentei [o traje que caracterizava a obesidade], estava no Tribeca Grand [hotel em Nova York] e entrei no saguão. Foi tão triste; foi tão perturbador. Ninguém olhava nos olhos mim porque eu era obesa”. E continuou: “Eu estava vestindo uma camisa preta com grandes bonecos de neve nela. Por alguma razão, as roupas que eles fazem para mulheres com sobrepeso são horríveis. Eu me senti humilhada porque as pessoas eram realmente indiferentes.”
Além das contradições do filme, que propõe que a “beleza interior” seja vista em detrimento da suposta feiúra do corpo gordo ao mesmo tempo que espera que a obesidade provoque risadas, Gwyneth pode sentir um pouco do que é ter um corpo fora dos padrões.