Aos 14 anos de idade, Senor Abravanel (que mais tarde seria conhecido como Silvio Santos) deu seu primeiro passo rumo ao empreendedorismo: decidido a trabalhar como camelô, descobriu que tinha talento para os negócios e, mesmo sem saber que um dia se transformaria em um dos homens mais ricos do Brasil, investiu na carreira de vendedor antes de sequer sonhar com a vida artística.
Silvio Santos: de camelô a dono de um império
Vendedor ambulante, Silvio Santor usava sua poderosa voz para atrair clientes nas ruas do Rio de Janeiro e, por causa dela, foi convidado a fazer um teste na Rádio Guanabara. Foi aprovado, ganhou confiança e, aos 20 anos, o jovem radialista se mudou para São Paulo, onde apresentava espetáculos e sorteios em caravanas de artistas.
Naquela época, Silvio se formou como técnico em contabilidade, mas decidiu seguir como locutor de rádio. Em 1958, ao ajudar o amigo e também radialista Manoel da Nóbrega, voltou a se deparar com o mundo dos negócios.
Manoel, que administrava uma empresa de venda de brinquedos a prazo, estava com dificuldades e contou com o auxílio do colega para tocar o Baú da Felicidade, um sistema de carnês em que o cliente pagava as prestações de uma caixa de brinquedos ao longo do ano e, na época do Natal, recebia os produtos.
O apresentador se interessou pela proposta, assumiu controle total da empresa e, mantendo o esquema de crediário, expandiu o sistema para vários outros produtos. Começava então a era do “Homem do Baú” e o nascimento do Grupo Silvio Santos.
Silvio combinou o empreendimento com a estreia de seu primeiro programa de TV e passou a fazer propaganda do Baú da Felicidade na atração. Ao longo dos anos, fundou e comprou mais de dez empresas até realizar seu maior sonho: comprar uma emissora de televisão, a TVS, que, mais tarde, faria parte do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). E o resto, como diz o ditado, é história.