Abrir mão da rotina de trabalho ou estudos no Brasil e embarcar em um intercâmbio no exterior, convivendo com outras culturas e aprendendo um novo idioma. Esses são os principais motivos que levam à procura de cursos em outros países. Mas o que antes era uma exclusividade de adolescentes e estudantes, hoje é muito procurado também por pessoas mais velhas, famílias ou casais.
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A diretora de operações da Experimento Intercâmbio Cultural Fernanda Zocchio, explica que o intercâmbio hoje abrange todas as faixas etárias. Ela acredita que a grande procura se deve principalmente ao fato de que um profissional que possui uma segunda língua no currículo e um melhor jogo de cintura nas relações pessoais tem um destaque maior no mercado. “Hoje a grande maioria dos participantes tem entre 18 e 34 anos. Mas atendemos crianças a partir dos sete anos desacompanhadas e a partir de quatro anos para programas em família, além de programas para adultos de todas as idades, inclusive focados para pessoas com mais de 50 anos. Buscam não só o conhecimento de uma nova língua, mas sim uma experiência cultural que só um intercâmbio pode dar. Além disso, o mercado de trabalho está cada dia mais variado e exigente”, afirma.
Como funciona o intercâmbio de casais?
O programa para casais funciona como os intercâmbios convencionais. O nível do idioma não necessariamente precisa ser o mesmo, já que ambos passarão por uma prova de avaliação. Nesse tipo de intercâmbio, o casal irá ficar na mesma acomodação, seja em casa de família ou residência estudantil, além disso, cada um poderá optar por fazer um curso de idioma ou um curso profissionalizante. Alguns programas também disponibilizam passeios exclusivos. “Um intercâmbio contribui não somente para a aprendizagem, mas também para o relacionamento humano, de respeito às diferenças culturais. Por isso, quando um casal decide fazer intercâmbio, eles estão dispostos a viver uma experiência cultural juntos. A convivência em outra cultura pode ajudar na aproximação, além de viverem uma experiência única, com conhecimento e aprendizagem”, diz.
O ideal é que o planejamento aconteça com pelo menos três meses de antecedência, porque para alguns países existe a necessidade de visto. Os mais procurados são Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Irlanda, Nova Zelândia e França. O inglês continua sendo a língua mais escolhida, com 90% da preferência. O espanhol e o francês também têm bastante procura. “Ao pensar na escolha da cidade é preciso pensar nos interesses, como por exemplo, cidade grande ou pequena, questões climáticas – frio, calor, neve, sol, etc – e também a língua que se deseja aprender. Em alguns destinos é possível estudar dois idiomas diferentes”, explica. O tempo mínimo recomendado é de duas semanas. Os casais costumam ficar aproximadamente um mês, por aproveitarem o período de férias.