Jeniffer Castro relatou sua versão sobre os xingamentos que recebeu de uma passageira que presenciou a cena
Jeniffer Castro, que viralizou recentemente após não ceder seu assento na janela de um avião para uma criança, deu sua versão sobre o ocorrido, nesta sexta-feira (05), no “Encontro com Patrícia Poeta”. Ela ainda explicou o que a fez agir com tanta calma diante dos xingamentos que recebeu.
Jeniffer Castro, a “mulher do avião”, fala pela primeira vez sobre o ocorrido
Em poucos dias após o ocorrido viralizar – gravado no momento em que Jeniffer Castro decidiu não dar seu assento na janela a um garoto de 4 anos, sendo categorizada como “alguém sem empatia” -, a jovem ganhou mais de um milhão de seguidores nas redes e muito apoio dos internautas.
“Tudo está sendo muito novo. Eu era uma pessoa anônima. Ainda bem que muitas pessoas estão me apoiando, mas também estou sofrendo críticas”, revelou ela, formada em Administração, à Patrícia Poeta.
Quando questionada sobre a calma que demonstrou ter diante da desagradável situação, Jeniffer justificou que sentiu medo dos outros passageiros a agredirem – já que parecia que todos estavam apoiando a mãe do menino e a passageira que fez o registro e “tomou as dores” da família.
“Não respondi para não chamar mais a atenção do pessoal no avião, para não virem para cima de mim. Ela [a passageira que gravou] só queria brigar. Isso porque eu respondi que não trocaria, era meu aniversário. Coloquei meu fone e o vídeo começou. A família do menino era grande, eles podiam ter trocado entre si para a criança ficar em outra janela”, relembrou.
Além disso, Jeniffer relatou que a mulher chegou a perguntar se ela era portadora de alguma deficiência – dando a entender que somente esse motivo justificaria a escolha de não ceder o assento a uma criança desconhecida.
“Ela perguntou se eu tinha algum problema. Foi muito preconceituosa. Quando o avião pousou, levantei para sair e ela disse: ‘Agora você levanta, né, sua imbecil”, contou.
Jeniffer ainda afirmou que o garoto seguiu chorando durante o voo inteiro, que dura cerca de 50 minutos, do Rio de Janeiro para Belo Horizonte.
Segundo ela, a companhia aérea não interviu em momento nenhum da confusão: “E agora eu estou sentindo medo em relação à minha segurança porque não sei o que estão pensando sobre mim. Mas as medidas judiciais estão sendo tomadas.”
Ao portal Léo Dias, a mãe do garoto reiterou que não fez parte dos xingamentos feitos à Jeniffer no momento da discussão. De acordo com ela, focou em acalmar o filho diante da birra. “Quem ficou incomodado com a atitude da Jeniffer não fui eu”, disse.
Psicóloga defende criação com mais limites
Patrícia Poeta ainda entrevistou Fê Lopes, psicóloga, que apoiou a postura de Jeniffer e falou sobre a importância de criar crianças com limites.
“A criança se viu no direito de estar no lugar de Jeniffer. Colocar limites nos pequenos é ensiná-los a viver em sociedade. Os internautas repercutiram a situação porque muito tem se falado sobre educação permissiva. Neste caso, por exemplo, devemos colocar limites e acolher a criança, e não agir como se também fôssemos uma”, explicou.