No início dos anos 1990, José de Abreu viveu a maior tragédia que um pai pode conhecer: a morte precoce e acidental de um filho. Em recentes entrevistas, o ator falou sobre o assunto de forma honesta e bastante emocionante.
Filho de José de Abreu morreu aos 21 anos
Em 1992, quando tinha apenas 21 anos de idade, Rodrigo, primogênito de José de Abreu (foto abaixo), morreu após sofrer uma queda da janela de um prédio.
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Durante uma entrevista ao programa “Julia”, do canal SIC da TV portuguesa, o ator detalhou o fato e relatou que a perda de um filho é uma dor que nunca passa.
Zé de Abreu contou que, na época da tragédia, estava em Manaus, gravando uma novela. No hotel, recebeu um telefonema do pai de sua ex-mulher (mãe de Rodrigo), dizendo que seu filho havia sofrido um acidente.
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“Ouvi pela voz que era alguma coisa grave. Na hora, perguntei: ‘morreu?’ Ele respondeu que meu filho tinha caído da janela. É uma dor que não acaba. É a vida invertida”, revelou o famoso.
O ator também lembrou que, devido às circunstâncias da morte do filho, chegaram a cogitar suicídio, uma hipótese que mais tarde foi descartada.
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“Um delegado de polícia ouviu uma testemunha, uma camareira do prédio em frente viu o que aconteceu. Rodrigo fazia análise… O analista dele falou que não havia a menor possibilidade. O suicida dá sinais. Foi acidente mesmo”, afirmou.
“Enterrar um filho é a inversão da vida”
Em dezembro do ano passado, José de Abreu já havia falado sobre a morte do filho em entrevista à Patrícia Kogut, do jornal O Globo, em meio ao lançamento de sua autobiografia, intitulada “Abreugrafia”.
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Segundo o ator, foi muito difícil conseguir escrever sobre o primogênito em seu livro, mas que reviver tudo também foi libertador.
“A vida normal é você enterrar um pai. Um pai enterrar um filho é a inversão da vida. Você não está preparado. Eu hesitei, não queria escrever, mas depois vi que tinha obrigação de fazer. Foi uma das últimas coisas que escrevi”, admitiu.

Zé de Abreu disse ainda que considera bom escrever, porque a pessoa se sente diferente. “O sofrimento persiste, toda vez que lembro sofro. Mas reviver tudo, escolhendo as palavras, foi libertador”, contou.