Karol Conka relata constrangimento no próprio prédio ao ser confundida com faxineira

Convidada do último episódio da terceira temporada do “Boca a Boca”, programa coordenado por Bianca Andrade, a rapper Karol Conká deu sua opinião sobre como é possível combater o racismo – e, ao falar sobre o assunto, deu exemplos de situações extremamente constrangedoras vividas por ela até no próprio prédio onde vive.

Karol Conká relata caso de racismo no próprio prédio

Questionada por Bianca Andrade – a Boca Rosa – sobre temas relacionados ao racismo, Karol Conká contou que, mesmo conhecida e bem-sucedida, situações de preconceito continuam presentes. “Você pode estar famosa, ter seguidores, ter dinheiro. Você sobe em um prédio chique e vai ser a filha da diarista ou a diarista”, disse.

Conforme explicou, isso já aconteceu com ela no prédio em que mora. “Subi na minha cobertura, a moça que não sabia que eu estava morando ali, não me conhecia – moça não, uma senhorinha –, falou: ‘Preciso de alguém com mais energia para limpar meu apartamento e você vai na cobertura, o meu é menor’”, relatou.

Naquele momento, segundo Karol, ela preferiu se calar. “Peguei meu celular e fiquei vendo o que me agrada, porque eu também acho que não ia valer a pena, dentro daquele elevador, eu discutir com uma senhorinha. Tem certas coisas que não vale a pena radicalizar. Ali, naquele momento, preferi me calar e botar meu fone”, disse ela.

Diante da falta de resposta, a senhora então quis saber se Karol não falava português, e isso fez a rapper se lembrar de outra história. “Igual em Curitiba [cidade natal], achavam muito que eu era refugiada. Entrava em uma farmácia numa área nobre de lá e chegava uma senhorinha também: ‘Você é refugiada?’. O que te faz achar que sou?”, disse.

Veja o episódio na íntegra:

Preconceito e aceitação